Nunca as coisas aconteceram numa velocidade tão extensa. A gente se acostumou com o tempo em que as coisas pareciam estar no seu ritmo normal, mas, o que hoje em dia é normal? O que você considera normal? Como definir uma coisa como normal? Tudo acontece ao mesmo tempo e a gente tenta acompanhar tudo na medida em que as coisas acontecem, mesmo que numa velocidade que a gente tente acompanhar.
Afinal de contas, somos o produto da eterna insatisfação com as coisas, mas muitas vezes quando a gente quer resolver algum problema que nos aflige, a gente mete os pés pelas mãos. Não existe problema que não seja resolvido com calma, e quando a gente quer resolver alguma coisa nas pressas, termina criando mais problemas. A gente não faz ideia da bola de neve que cria na tentativa de resolver esses problemas.
Vivemos em um mundo onde cada vez mais temos acesso à informação, e muitas vezes, informação demais. É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que a gente não tem tempo de respirar. É nesse momento que a gente precisa fazer uma pausa e nos perguntar se estamos prontos para continuar processando tantas informações e lidando com tantas coisas que acontecem ao nosso redor. Paramos, pausamos, respiramos.
A gente ainda não entrou na fase mais intensa das coisas. Por isso, precisa estar preparado para um turbilhão de emoções. Mas está tudo bem, estamos calmos, estamos respirando e estamos prontos. A gente já passou por fases assim, deveríamos estar acostumados. Mas quando tudo acontece ao mesmo tempo, é como se a gente não estivesse. É normal. É assim que a gente tira lições importantes das coisas que a gente viveu e se prepara para desafios maiores.
Tudo acontece ao mesmo tempo. Tudo acontece agora. Tudo sempre aconteceu. Talvez o que não estivéssemos acostumados é com as coisas que acontecem tão próximas de nós, e que de certa forma nos envolvem diretamente. A vida é assim, e talvez a gente precise entender que momentos como esses precisam acontecer para que a gente entenda o que é a vida no seu significado mais intenso. Porque quando a gente só fica assistindo, não terá acompanhado nada.