Ah, esse período tão divertido que aconteceu nesses últimos 45 dias… Apareceram muitos políticos fazendo um monte de promessas e se apresentando como aquelas pessoas que vai ter a solução para todos os problemas, como se todos os problemas pudessem ser resolvidos em menos de quatro anos. Você sabe que isso não é possível. Você sabe que a cidade é um organismo em movimento e ela muda independente de quem você vote. Então, o que você espera da sua cidade? Que ela seja do mesmo jeito de anos atrás ou que seja dinâmica, acompanhando as mudanças que acontecem o tempo todo, como tudo na vida que evolui?
A mudança não parte de pessoas, porque elas trazem os seus cavalos de Tróia, que são partidos e grupos políticos que fazem parte da política das cidades, que ou querem voltar ou querem ficar para manter o controle nas mãos de poucos, ignorando as reais necessidades das cidades. Parte de nós que somos os organismos vivos de uma cidade, que não vai aceitar se distrair para disfarçar uma gestão que possa não atender as expectativas. Que precisa andar para frente e não se acomodar. São tantas coisas que muitas vezes a gente não sabe o que quer direito. Mas a gente sabe. E entende que o local que a gente vive muda por si só, e a mudança não é só uma mudança de pessoa que governa, é um conjunto de coisas que são nossas e nenhum partido ou grupo político pode reivindicar.
Esqueça esse papo de líderes. Que uma pessoa vai capitanear as nossas vidas em comunidade. Porque no fundo, essa pessoa não vai gostar de ser cobrada, porque precisa manter a imagem de um líder carismático, e essa imagem já não cola mais em lugar nenhum. A gente pode lutar de maneira coletiva pelas coisas que a gente quer e a gente precisa.A gente quer as coisas da maneira mais objetiva possível, sem arrodeios. Não quer as mesmas coisas de sempre, não quer viver a mesma vida de dificuldades que os nossos pais e avós viveram. O que a gente quer, nada mais é nada menos, é apenas uma vida melhor. Será que é sonhar demais? Bem que a gente gostaria.
Vamos exercer novamente o nosso direito de escolha no próximo domingo. A nossa escolha será baseada não somente no que nós vimos nas propagandas eleitorais, nos noticiários, nas redes sociais, mas naquilo que pode ter melhorado e na perspectiva daquilo que a gente acredita que é possível. A gente sempre vai ter um pé atrás com propostas mirabolantes. Sinto que as pessoas estão mais atentas com isso e não acreditam em tudo aquilo que ouvem de certas pessoas. E uma imagem publicitária pode facilmente ser desconstruída com muita cobrança e muita pressão. Eu vou ser essa pessoa, eternamente desconfiada de tudo o que eu vejo e de tudo o que falam. Se eu precisar ser chato, eu vou ser. As pessoas me entenderão.
O que eu espero da minha cidade? Que ela continue dinâmica, vital, plena e que entenda a sua metamorfose, não pense em soluções do passado para o futuro. Afinal, o passado é como aquela roupa que a gente, mesmo acostumado a usar, já não cabe direito e não adianta forçar. Já não serve mais. A gente precisa mudar as roupas, mas não quer usar as mesmas marcas. Porque sem que as coisas evoluam, não teremos uma história para contar e tudo o que eu quero é que o nosso direito de construir a história não nos seja negado. É tudo aquilo que espero e eu sempre farei questão de manter o meu desejo manifesto quantas vezes forem necessárias. Agora é com você. O que espera da sua cidade?