O que mudou na sua visão de identidade visual desde a última fase intensa de criação?
Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim
Quando você faz uma pausa, você mergulha na teoria, estuda o necessário para não perder a curva de aprendizado que você adquiriu ao longo do tempo, se bem que essa é uma coisa que você não perde. Você até tem esse medo por causa do tempo que você leva para recuperar as ferramentas de trabalho, e nem sabe quanto tempo vai levar para recuperar aquilo que perdeu. Seis anos é tempo suficiente para as coisas mudarem. Quando se tem uma pandemia de COVID-19 no meio de tudo isso, aí sim é que as coisas mudam de uma maneira mais profunda. E é claro que a sua visão muda, e nem precisava de um período de pausa mais profunda para se entender que a identidade visual vai além de um desenho que se chama de marca. É toda uma construção envolvida.
Identidade visual vai além de apenas uma marca. É toda uma construção que envolve a marca propriamente dita, o conceito por trás dela, e entende que tudo, absolutamente tudo, tem um motivo para estar ali: do sentido da marca até as cores, da forma até o conceito de uma maneira mais filosófica. Quando a gente tem a ideia de um negócio, de um projeto, quer explicar o conceito da nossa ideia de uma forma tão filosófica quanto imagética. Como é que faz isso? Você diria. Viu como eu construí a marca da Luneta ao longo desse tempo? Eu sei, quando eu construí a minha marca, eu fui construindo os elementos ao longo do tempo, de um modo que a construção da marca não termina na aprovação da mesma. Esse ativo precisa ser construído ao longo do tempo para se consolidar.
A construção da marca começa por aí, e eu poderia dizer que seria com um bom papo, mas não: é com um briefing, conhecendo mais a fundo o projeto com o qual se envolver, mergulhar de cabeça mesmo nos projetos como se você os conhecesse desde o início, sabendo que as pessoas precisaram de você porque elas queriam alguém que soubesse traduzir de uma forma imagética o conceito filosófico do seu projeto. E uma marca começa assim: com um conceito filosófico. Não seria filosófico dizer que começou um projeto como uma loja, por exemplo, porque você simplesmente quis abrir uma loja. Quem quer abrir uma loja, não quer abrir qualquer loja. Quer abrir a loja, quer oferecer algo diferente de tudo o que ele já tentou encontrar e não conseguiu, e diante disso, propõe uma solução para a sua necessidade.
Afinal, todo negócio nasce da necessidade que alguém tem e não consegue encontrar, e quando não consegue encontrar, ele próprio cria essa solução. Mas é preciso comunicar como você quer solucionar a necessidade de uma forma mais filosófica do que racional, afinal de contas, como você pode solucionar essa necessidade de uma maneira única para aquela pessoa? Digo isso porque o que a gente faz vai além da razão: você cria um projeto, tem uma ideia, porque você acredita que pode resolver um problema ou uma necessidade que as pessoas tem de uma maneira única, de modo que essa solução que você oferece vai fazer parte da rotina dela. E precisa ser convincente.
Talvez uma das coisas que eu aprendi mais seja sobre isso: a relação não termina na aprovação da marca. Ela precisa ser contínua, de assistência, de orientação, para que a marca seja uma construção coletiva, entre quem tem a ideia e quem tem as ferramentas e conceitos para tornar essa ideia realidade. Você tem as ferramentas, você tem a solução, você trabalha junto e cria um vínculo que vai além de um contrato no papel, é um vínculo de confiança que é construído junto com a marca. O cliente vai precisar de você o tempo todo, e não só na construção propriamente dita, porque para mim, essa construção, ou o conceito daquilo que eu acredito que seja construção, é uma construção permanente.
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