Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a Páscoa guarda o siginificado de recomeçar após momentos difíceis. No primeiro, representa a libertação do povo hebreu do Antigo Egito, rumo a Terra Prometida. No segundo, a ressurreição de Cristo. E o que é a Páscoa então? Exatamente isso. A passagem, de onde se origina o seu nome, novos ciclos.
E tudo são ciclos, que terminam e começam, terminam e começam. Assim comemoramos todos os anos, nesse sentido. E assim a gente se inspira para os nossos recomeços diários.
Porque nem todas as histórias são iguais o tempo todo. A gente sempre termina uma e começa outra. A gente conta várias histórias na vida e as guarda com carinho. Até retomamos algumas histórias, é verdade. Mas nunca contamos da mesma maneira.
Sempre acontecem momentos difíceis nas nossas vidas. E a gente atravessa, diante de uma força que não se explica, só se sente. Daí, sempre recomeçamos, justamente com as mesmas forças e com as energias recarregadas.
E então, que histórias queremos contar e quais vamos recomeçar? Assim é a nossa vida, de recomeço em recomeço. E recomeçando, a gente conta novas histórias. Porque assim é a vida, e assim a gente conta as nossas histórias.
Essa não é apenas a crônica de domingo, é uma crônica especial e por motivos óbvios fixa: a crônica de domingo de Páscoa. E é esse o desejo desse fim de noite, sabendo que todo dia é dia de recomeçar. Afinal, o que é a Páscoa se não a inspiração de todos os nossos recomeços?