O papel das referências

Uma ideia pode até surgir do mais absoluto nada, mas surge porque você viu algo extraordinário em algum lugar e queria replicar, queria fazer do seu jeito, queria transformar uma ideia incrível em alguma coisa que poderia ter um alto potencial se feita do seu jeito. Estamos falando sobre referências, sobre ideias, sobre coisas que você quer fazer e não encontra igual. Afinal, se você não tem boas referências para aquilo que você faz, você não tem um norte do que exatamente fazer. E como você vai fazer algo extraordinário sem ter referências claras? Você entende o papel das referências quando você realmente precisa delas.

É sobre como outras ideias já executadas se tornam a base de uma ideia que você tem e ainda não executou. Afinal, ideias são para isso mesmo: se inspirar. Sem saber como, sem saber de que maneira, mas você teve aquela ideia porque viu alguma coisa incrível. Ou teve algo que não saiu da sua cabeça. Uma arte diferente que você viu em algum lugar. Algo extraordinário que você viu na rua. Uma música que você ouviu e não sai da sua cabeça. Um texto marcante que você leu em algum lugar, quer seja de um livro, quer seja um texto da Internet, e também não saiu da sua cabeça. É como dizem, você bebe das fontes e cria algo extraordinário.

As referências são para isso, ou melhor, elas são realmente isso. Tudo o que você usa como referência são ideias que surgiram de outras ideias. É um ciclo, afinal, rara é aquela ideia extraordinária que surgiu do zero. Você pode ter, eu posso ter essa ideia, mas quando ela exatamente vai surgir? Ideias não tem tempo de acontecer, e quando acontecem, tudo o que você quer é anotar para não perder essa ideia extraordinária, senão você não vai ter oportunidade de pensar nisso de novo. Mas na maioria das vezes, as ideias surgem exatamente das referências que a gente vê em todos os lugares. Não exatamente vê, mas também ouve, também lê.

Se rara é uma ideia que surge do zero, salvo raríssimas exceções, frequentes são as ideias que surgem de referências, e esse é o papel delas, respondendo a pergunta: serem frutos de ideias que circulam o tempo todo e são constantemente aperfeiçoadas, afinal, se uma ideia não nasce pronta, ela é constantemente moldada para que fique mais incrível do que ela já é. São como diamantes a serem lapidados, e se a forma ainda não está boa, você tenta moldar do seu jeito, para que outra pessoa molde do seu jeito, e por aí vai. É meio essa analogia que eu queria trazer do diamante que precisa ser lapidado, como a ideia que você tem nesse momento.

Tudo o que está aí são referências, e o que você cria se torna referência para que outras ideias sejam criadas, como uma grande prova de que não existe uma ideia que seja realmente do zero, a não ser que ela seja tão extraordinária que assim seja considerada, que dentro da analogia do diamante a ser lapidado, é como um diamante bruto que poucas pessoas acham e são as primeiras a lapidar. Quando você cria algo extraordinário e ao mesmo tempo revolucionário, o que você cria com base nas referências que você tem vira referência por si só. E é isso que você precisa buscar: ser referência naquilo que você faz.