O ambiente e a ansiedade

Para quem não leu o site na semana passada ou está chegando só agora, o tema das #SetePerguntas da semana passada foi sobre as minhas crises de ansiedade e o quanto eu queria poder controlar essas crises da melhor maneira possível, uma vez que elas afetavam justamente o meu sono. Falei das três noites não consecutivas que eu passei sem conseguir pregar o olho e quando eu fiz isso, eu só consegui quando o Sol nasceu lá fora. Foram noites que eu não consegui dormir e tive mais tremores do que sono. Ficava nervoso só de não conseguir dormir, e bem, esses últimos dias foram difíceis demais, vocês não fazem nem ideia, a menos que você tenha lido as respostas das #SetePerguntas da semana passada.

Essas crises aconteceram no final de abril e início de maio. Quando o quarto ainda era compartilhado com o meu irmão. A mudança, como sabem, aconteceu no dia 7 de junho deste ano, para você ver como eu sou ótimo de guardar datas, tipo quando eu sempre lembro do dia 7 de maio de 2024 como o dia do começo das obras da Feira do Rangel ou o dia 23 de janeiro de 2016 quando o anel interno da Lagoa foi fechado para o tráfego de veículos. Eu conto com a memória para guardar essas datas, e com o site para me lembrar disso; foram coisas que eu escrevi naquelas ocasiões, e valorizar esses textos é muito importante.

Pois bem, depois da mudança do quarto, aconteceram crises de ansiedade? Elas continuam a acontecer porque independem do ambiente; elas simplesmente acontecem. Mas quanto ao fato de perder o sono, isso não aconteceu nenhuma vez comigo desde que eu passei a ter o quarto próprio. E ouso dizer mais: consigo dormir melhor do que antes. Tem dias que eu acordo mais tarde do que nos dias em que eu dormia em um beliche, que ok, ainda existe, mas está semidesmontado e fazendo o papel da cama que eu ainda não comprei. Mas eu já não durmo mais lá no alto. Ter um ambiente próprio faz toda a diferença até nesses detalhes.

O ambiente diz bastante sobre a necessidade de se melhorar a sua qualidade de vida e o quanto isso é importante justamente para o seu bem-estar, para a sua saúde física e mental. E eu nem falo apenas em dormir, que é a função básica de um quarto. Como disse em ocasiões anteriores, quero tratar o quarto onde eu estou agora como a casa que eu quero ter lá na frente. E está praticamente a cara de uma casa, para me lembrar que tudo começou com a bolsa da faculdade, e tudo o que nela tinha foi para uma mesa. E da mesa, agora se espalha para o quarto. E assim, seguindo nesse ritmo, vai para uma casa. Você lembra que os sonhos começam menores, e crescem.

Ter um ambiente próprio ajuda bastante no controle da minha ansiedade. Afinal, eu estou no controle de tudo. Posso dormir na certeza de que eu vou acordar bem, posso fazer o que eu quiser no meu próprio espaço, e trabalhar. Trabalhar para fazer esse ambiente crescer. Começou com um quarto na minha casa, e a tendência daqui para frente é evoluir, na certeza de que essa é uma parte importante da minha vida que começa a ser construída, e eu preciso valorizar cada milímetro deste espaço que eu conquistei para poder alçar voos maiores. E eu sei que eu vou conseguir, diante das batalhas que eu tenho com a minha ansiedade, na certeza de que cada vitória importa.