2025 foi o ano em que “Minha Cidade” consolidou a ideia de que falar de cidade é, antes de tudo, falar de quem vive nela, rua a rua, esquina a esquina. Ao longo do ano, as quintas-feiras foram reservadas para olhar de perto os bairros do Rangel e do Cristo Redentor, em João Pessoa, transformando pequenas mudanças em grandes histórias.
Em vez de tratar a cidade como abstração, a coluna mergulhou em exemplos concretos: obras, ônibus, iluminação, calçadas, tudo isso como peças de um mosaico que revela como a vida urbana melhora, emperra ou simplesmente insiste em seguir. Essa escolha aproximou o leitor do chão da cidade, mostrando que planejamento urbano, políticas públicas e rotina caminham juntos – e que a narrativa ajuda a organizar essa experiência.
Bairros, desejos e pequenas grandes mudanças
Um dos fios condutores de 2025 foi a “Lista de Desejos” para os bairros de residência do editor, iniciada em 2024 e reavaliada no “Balanço 2025 da Lista de Desejos”. Nela, a cidade deixa de ser um conceito distante e passa a ser um conjunto de pontos específicos: Mercado do Rangel, paradas de ônibus, calçadas, iluminação de rua.
Alguns desejos avançaram: o Mercado do Rangel teve obras em andamento com evolução considerável, aproximando-se da conclusão; a iluminação em LED chegou às ruas do Cristo Redentor e do Rangel, mudando a sensação de segurança e presença na paisagem noturna. Outros ficaram pelo caminho, como a atualização dos roteiros de ônibus e a necessidade de requalificação de calçadas, lembrando que cidade também é aquilo que ainda falta. Esse balanço mostrou que a coluna não apenas observa, mas acompanha processos, conta dias, revisita promessas e registra o que muda – e o que continua no “esperando”.
Vivências invisíveis e a cidade que sussurra
Outro tema forte nas quintas-feiras foi o das “vivências invisíveis”: histórias e identidades que a cidade sussurra, mas que nem sempre entram no mapa oficial. O título “Vivências invisíveis: A história e a identidade que a cidade sussurra” sintetiza esse olhar para o que não aparece nos grandes planos, mas pulsa nas memórias, nos trajetos repetidos, nas relações de vizinhança.
Ao tratar a cidade como um organismo que fala baixo, o texto puxa para o centro do palco pessoas, rotinas e lugares que costumam ficar de lado. É a padaria da esquina, a parada de ônibus modernizada, a calçada que ainda falta, a rua que enfim deixa de ser barro – detalhes que constroem pertencimento e identidade. Assim, “Minha Cidade” convida quem lê a escutar o entorno e perceber que as histórias mais fortes nem sempre têm placa ou release.
Cidade como compromisso contínuo
Na virada de ano, a presença de “Minha Cidade” nos destaques de “A semana na Luneta” evidencia que falar da cidade virou um compromisso editorial recorrente: é pauta fixa, não exceção. Entre clima de fim de ano, especiais de 17 anos do site e balanços, a cidade aparece como eixo de fechamento e, ao mesmo tempo, de recomeço.
O “Balanço 2025 da Lista de Desejos” reforça essa ideia de compromisso contínuo: não se trata só de apontar problemas, mas de acompanhar etapas, reconhecer avanços e registrar as frustrações. A cidade, assim, é tratada como uma parceria de longo prazo: algo com o que se dialoga, se cobra, se celebra e, principalmente, se documenta.
O que esperar de “Minha Cidade” em 2026
Se 2025 foi o ano de organizar desejos e tornar visíveis as vivências que a cidade sussurra, 2026 tende a aprofundar esse caminho com ainda mais foco em acompanhamento, atualização e novas camadas de leitura urbana. A tendência é que “Minha Cidade” siga atualizando a Lista de Desejos, acompanhando obras como a do Mercado do Rangel, cobrando melhorias pendentes e incorporando novas demandas que surgirem da própria experiência cotidiana.
Também é possível esperar:
- Mais histórias sobre identidade e memória urbana, ampliando o recorte para além do que é facilmente percebido.
- Olhar ainda mais atento à mobilidade, às paradas, às calçadas e à forma como essas infraestruturas moldam o dia a dia.
- Conexões maiores com outros conteúdos do site, como especiais de aniversário e séries que tratam de tendências, para mostrar como a cidade local dialoga com um mundo em transformação.
Nesta última quinta-feira do ano, “Minha Cidade” não fecha um ciclo; ela marca um capítulo de uma história em andamento. A cidade continua se mexendo, e a coluna segue como registro e lente – pronta para, em 2026, escutar ainda mais fundo o que as ruas, os bairros e as pessoas têm a dizer.











