Cá estou eu, em mais um dia de trabalho, escrevendo mais um artigo sobre dinâmica das cidades em uma quinta-feira, se é que vocês me entenderiam. O que eu procuro são formas de melhorar o meu trabalho, sabendo que eu tenho uma história para construir, e como toda história, as mudanças são inevitáveis. Muita coisa muda dentro de casa, na rua, na vizinhança, e nesse ano mesmo, estão acontecendo várias coisas ao mesmo tempo que eu tento acompanhar e muitas vezes eu posso me perder, mas quando eu me encontrar, eu terei encontrado um mundo um pouco diferente daquele que eu encontrei no início do ano.
A sala de casa mudou. Os quartos vão mudar. Uma dessas mudanças prevê o que eu estou buscando nesse momento: produtividade e privacidade. E por que eu acompanho essas mudanças? Por causa do meu ritmo de home office, do trabalho que eu mesmo desenvolvo aqui e que exige não só espaço no computador, custos de softwares, essas coisas que são normais de quem trabalha com arte e comunicação. Elas vão exigir mais de mim. Vão exigir espaço físico. E desde já, algumas coisas vão acontecer por aqui para que eu tenha esse direito que eu busco desde que eu comecei a trabalhar com comunicação.
Quando eu comecei a trabalhar com comunicação, eu imaginava que estaria no mercado de trabalho, trabalhando na área, sendo um profissional reconhecido. Mas sabe quando o mundo dá voltas e as coisas não acontecem da maneira que você imagina? É o que acontece quando as portas se fecham para você, mas você não desiste porque sabe do seu potencial, e mais do que isso, sabe que o seu potencial pode mudar a realidade da sua vida, da sua casa, das pessoas à sua volta, da sua vizinhança, do bairro inteiro, e isso se comunica com a cidade. Hoje eu trabalho em uma demanda bem reprimida, mas me adaptando da maneira que eu posso.
As mudanças, elas são inevitáveis. E nada mais pode reprimir aquilo que eu trabalho há mais de uma década e meia. Parafraseando Albert Einstein, que dizia que “a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”, é a mesma coisa com o trabalho que eu desenvolvi há 16 anos. Ele jamais voltará ao tamanho que tinha quando tudo começou. Ele só tende a crescer. E nada mais natural do que os meus projetos precisarem de espaço para se desenvolver. Assim será nos próximos meses, e eu vou ficar de contar algumas coisas para vocês quando algumas coisas estiverem praticamente encaminhadas.
Afinal de contas, tudo na vida muda e é inevitável que as coisas mudem, seja pela evolução socioeconômica, tecnológica, das nossas próprias vidas mesmo, afinal, o tempo passa, a idade avança, nossas cabeças mudam, e a gente evolui. E nada pode deter a velocidade das mudanças, que fazem parte da dinâmica do lugar onde moramos, e que de certo modo fazem a gente criar memórias do que passou e do que ainda vai passar, sem as quais os nossos próprios projetos ficariam enfadonhos demais, afinal, quem gosta de fazer as mesmas coisas todos os dias, se o que a gente faz todos os dias nos permite mudar a realidade à nossa volta?
Por mais acostumados que estamos de fazer as mesmas coisas todos os dias, a gente sabe que em algum momento as nossas vidas e as nossas rotinas irão mudar. É desse modo que eu sigo acompanhando as mudanças que estão acontecendo e as mudanças que ainda vão acontecer. E fazendo parte delas. Afinal, quando a gente faz as mudanças acontecerem, a gente de certo modo fica gratificado em ver que o que a gente fez está fazendo a diferença para as pessoas. É assim que eu sinto que eu faço todos os dias. E é assim que eu quero que o meu trabalho siga se desenvolvendo, assim como os projetos de cada um de nós.