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A impressão do restante da cidade

O que tem feito a impressão que o restante da cidade tem do seu bairro mudar ao longo do tempo?
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O que tem feito a impressão que o restante da cidade tem do seu bairro mudar ao longo do tempo?

Pergunta feita por este editor

Eu posso te contar que a impressão de que o restante da cidade de João Pessoa tem do Rangel mudando. Já foi bem pior em outros tempos, mas quando as coisas melhoram, ainda mais quando a gente tem a iniciativa de mudar essa percepção, você consegue muita coisa. Nem tudo é perfeito, é verdade, mas a gente sabe que problemas precisam ser enfrentados da melhor maneira possível justamente para que as pessoas saibam que o lugar onde você mora precisa ser o lugar mais acolhedor possível, afinal, por mais que você trabalhe em outros locais, é aqui que você vive, é aqui que você dorme, e aos poucos, o local onde você investe.

Em outros momentos, os estigmas da segurança pública batiam forte, mesmo que os problemas sejam absolutamente os mesmos da cidade como um todo, mas em determinados locais ele era mais exarcebado e o Rangel era um desses locais, que muitos que nem nos conhecem direito, quanto mais estiveram aqui, o taxavam de perigoso. Quantas vezes eu ouvia isso até mesmo de programas policiais da época? Me lembro até de um dia há uns dois anos que eu tive que dar uma bronca em “especialistas” de Instagram em uma publicação de uma ocorrência em um dos comércios do bairro publicada por um repórter policial. Sobre essas coisas que acontecem em todos os lugares e o que nos cabe é cobrar por mais segurança, e não estigmatizar um lugar.

Só que o tempo passa, a cidade cresce e aos poucos os bairros considerados mais antigos se consolidam e mudam. E eu testemunhei muitas dessas mudanças que foram acontecendo sob vários fatores: vocação empreendedora, democratização dos meios digitais, entre outros fatores. Ainda que muitos que estigmatizam tenham acesso a canais digitais, eles parecem não encontrar muita força para isso. Outros transmitem as suas notícias daqui mesmo, e de vários modos diferentes. Tivemos vários avanços nessa década, mas ainda há muito o que conquistar para que essa consolidação seja completa.

Pudemos nos conhecer mais. Só o simples fato de manter esse projeto em pé, apesar de todas as dificuldades que eu tenho por ainda não conseguir furar uma bolha de comunicação que passa um pouquinho além desse fator que eu menciono, e que eu gostaria de detalhar melhor em outra oportunidade, já é um feito. O que eu mais quero é poder contar histórias diferentes das que as pessoas estão acostumadas. Afinal, é necessário encontrar lugares para contar histórias que as pessoas ainda não conhecem dos locais onde residem. E se esses locais não existirem, não tem problema! A gente cria esses lugares.

Era o que eu falava sobre o fato de a cidade não conhecer a própria cidade. E como isso vem mudando? Justamente por conta da conexão que a gente cria aos poucos uns com os outros, entendendo os problemas de cada um e conhecendo melhor cada área. A cidade parece estar mais integrada do que antes, quando era praticamente cada um no seu mundo. Quando a gente conhece melhor cada lugar, e nem digo apenas sobre o bairro que eu moro, a gente cura os estigmas que deram justamente para cada lugar, mas cada lugar é fundamental pelas pessoas que ajudam a construir a cidade que todos lá fora conhecem.

Este é o tema “Conhecendo Você”, o primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar, com perguntas que eu respondo sobre temas de autoconhecimento e cotidiano. Inicialmente elaboradas por inteligência artificial, as perguntas passaram a ser elaboradas por mim e pelo público através dos canais de contato e redes sociais.

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