Ontem eu completei 34 anos. Um dia desses, eu era um estudante de ensino médio que criou um blog sem imaginar que levaria ele para a faculdade, e depois faria dele um trabalho. Um dia desses, eu era uma criança que desenhava qualquer coisa na areia da rua que não era calçada na minha época. Mas as coisas evoluem, e você percebe que a idade vai além de um número.
Porque é assim que é o ritmo da vida. Será que a idade adulta é como a gente imaginou há 20 anos atrás? Quando a gente era criança, pensa nisso em algum momento.
Há 20 anos atrás você estava estudando para ser alguém na vida. Daqui a 20 anos, você está próximo da aposentadoria. E as águas passam por baixo da ponte, e você está aí, observando elas passarem. E que certamente, nunca é a mesma água. Ela nunca corre no mesmo ritmo. A gente vai sentindo isso quando sente o tempo passar.
A idade vai além de um número no sentido de que você tem responsabilidades cada vez maiores quando vai crescendo. Porque você até pode ter parado de crescer em altura quando chegou aos 18 anos, mas continua crescendo na mente, na idade, vai progredindo.
Mas a gente ainda não perdeu uma coisa: a vontade de crescer. Porque a gente sempre imaginou como seria. E agora que ela é, a gente não precisa mais imaginar.
A idade vai além de um número: traz responsabilidades. E a gente precisa aproveitá-las, com a sensação de que fez tudo o que queria ter feito quando essa idade chegasse. Quando na verdade, ainda não fez o suficiente.