A força do espaço próprio

Ter um espaço próprio permite abrir caminho para criar coisas que até então eu tinha bastante dificuldade justamente por causa das questões de centralizar tudo em um só lugar. Antes de ter um quarto próprio, eu fazia os meus trabalhos em vários lugares da casa. Com o meu quarto, centralizei tudo em um só lugar, como eu queria, como eu desejava. Tinha planos que eu só me sentia a vontade para realizar quando eu tivesse um espaço adequado, e bem, cá estou eu fazendo uma daquelas coisas que eu não conseguiria se ainda dividisse o quarto como eu dividia até junho de 2025. Tipo, ter tempo para colocar os assuntos em dia, e até mesmo para os próximos dias.

Queria ter tempo para digitar os textos sem aquela correria de entregar tudo em cima da hora. E eu achei a solução em uma coisa, ou melhor, em coisas que eu tinha no quarto e pensei: porque eu não posso improvisar uma solução? O tablet das artes digitais era usado só para isso, hoje quis que fosse mais exigido e é dele que eu estou digitandoe ste texto, usando um teclado encostado que até então eu usava no computador, e troquei por um teclado com fio porque era chato recarregar o teclado o tempo todo, além do fato dele ser um teclado internacional. Ele é ótimo para usar em tablet como eu esstou usando agora, ruim jamais vai ser. Como o teclado é Bluetooth, é só parear e jogar nas onze.

Se tem uma coisa que eu faço é isso: jogar nas onze. Sou eu quem produzo os textos, as pesquisas, as artes, os códigos do site, a parte comercial, a parte de atendimento, tudo, eu sou o perfeito conceito de “eugência”, sem ser uma agência de publicidade propriamente dita, nem sei como eu posso me definir, se como uma agência de comunicação ou como um artista visual que trabalha em todas as frentes na falta de auxílio direto para essas atividades. E eu tenho que me desdobrar em vários, porque em dois é pouco. E assim eu lanço mão das coisas que eu tenho para construir um modelo de comunicação eficiente e que possa ser útil para as pessoas que procuram ideias e conceitos mais leves e ágeis.

O site nasceu nesse quarto que eu estou agora e que é meu por completo. E hoje eu trabalho os rascunhos do site do mesmo lugar onde tudo começou, recuperando a parede, usando uma mesa de cabeceira que eu consegui na casa da minha irmã, uma mesa mais ampla do que se eu realmente tivesse uma mesa de cabeceira real, não conseguiria desenvolver as minhas ideias como eu consigo desenvolver hoje. Quis trabalhar os textos nesse lugar por ter foco total exatamente nisso, pois quando eu vou publicar, eu vou fazer todas as outras coisas que são necessárias para deixar este texto em ordem para ser lido pelo público. Em um lugar, posso focar em escrever. Em outro, no mesmo quarto, eu foco em publicar.

Eu acredito que ainda não desbloqueei todo o meu potencial. Eu acredito que eu posso criar mais, aprender mais e ter tempo suficiente para aperfeiçoar o que eu preciso para que eu possa manter o alto nível daquilo que eu acredito que ainda possa atingir. Um esboço vira uma ideia incrível que merece ser trabalhada e tudo o que eu vinha fazendo era isso: trabalhar esboços ainda que precariamente, pelo menos eu acreditava. Queria melhorar os meus esboços, afinal quem me conhece sabe que eu nunca desperdiço um esboço: eu trabalho aquele esboço, eu transformo aquele esboço, como uma pedra preciosa a ser lapidada, porque para mim todo esboço é uma ideia, justamente a pedra a ser lapidada, porque toda ideia nasce uma bagunça.