Quando uma ideia empaca

Sabe quando uma ideia empaca e parece não evoluir? É mais ou menos assim que eu me sinto em momentos de bloqueio criativo, e como isso acontece. Direto. Não é uma exclusividade minha, eu sei que você também passa, e certamente vai se identificar com muitas coisas que eu vou falar nesse texto. Afinal de contas, é basicamente bloqueio criativo e é essa a sensação que a gente tem quando nada sai do lugar: as ideias parecem que empacam e você fica parado, rolando a tela, esperando o tempo passar para ver se a inspiração vem e nada. Eu já passei por isso tantas vezes que isso por si só foi a minha inspiração para tantos textos e respostas como esta.

E por que eu me inspiro no próprio bloqueio criativo para muitos textos e respostas? Primeiro é reconhecer que ele existe. Segundo é respirar. Somente. Não resolve muito olhar para uma tela em branco, rolar a tela, buscar a inspiração onde ela não vem. Só respira, relaxa que a ideia vai vir. Ela está em algum lugar e tudo o que você busca no momento é uma saída, sabe? Essa saída vem e nunca é de uma vez. Eu mesmo estou aqui, digitando esta resposta em suaves prestações. O texto que você vê de uma vez foi feito durante vários momentos de um único dia, que é um dia que eu sempre vou me lembrar por ser o dia do meu aniversário.

Eu sempre lembro de criar algumas coisas, e outras eu nem lembro de criar, mas eu sabia que tinha feito aquilo e quando eu lembro, eu termino me esquecendo completamente de como é que aquilo era. E você fica de certa forma pensando: como é que eu criei aquilo e de onde eu me lembro de ter criado aquilo? É aquela ideia extraordinária que você teve um dia, e do mais absoluto nada, ela se esconde no seu inconsciente. Você tenta buscar e se lembrar de onde foi que você viu aquilo e não sabe muito o que fazer. Mas quando você relaxa, você deixa aquela ideia fluir, e o que era uma frase se torna uma ideia desenvolvida.

Bloqueios criativos são fases e todos nós que somos criativos vamos passar por isso. Tinha um monte de ideias para desenvolver e deixei de lado em vários momentos, por conta de pressa, por conta de tempo, por conta de um monte de coisas, mas no fim eu fui deixando fluir e vi que o que eu queria criar dava um certo resultado. Eu só precisava ser eu, ter o meu estilo, as minhas ideias, fazer com que as pessoas reconhecessem de certa forma o meu ideal, a minha ideia e ver no que ia dar. É sempre assim que eu desenvolvo as minhas ideias: vendo no que vai dar e deixando fluir, basicamente. Não tem segredo nenhum.

A nossa cabeça é cheia de informação para consumir, cheia de informação para lidar, e muitas vezes você não sabe como absorver tudo isso que você recebe e transformar o que você mais gosta em ideia. É uma das consequências da vida moderna em que a gente precisa usar a cabeça para entender o mundo e ao mesmo tempo propor uma solução extraordinária que você não sabe nem onde vai buscar, mas sabe que precisa buscar porque é a solução que vai levar você ao extraordinário. Pensa apenas nisso e vamos que vamos, afinal, temos uma ideia extraordinária para criar. Se ainda não sabe como fazer isso, só vê no que vai dar e deixa fluir. É assim que uma ideia extraordinária vai desempacar.