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O cenário urbano onde as ideias surgem

Qual foi o cenário urbano mais inusitado onde uma ideia criativa surgiu pra você?
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Qual foi o cenário urbano mais inusitado onde uma ideia criativa surgiu pra você?

Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim

Todo mundo tem em mente um cenário urbano que marca a sua vida, a sua rotina, a sua infância. Eu mesmo tenho vários cenários urbanos que me inspiram, e de vez em quando eu passo por vários deles. Existem cenários que pouca gente imagina que inspiraram várias ideias criativas. Mas quais cenários, exatamente? Eu posso descrever não um, mas dois cenários urbanos que muita gente considera inusitados onde ideias criativas surgiram e foram expressas no segundo caderno de #40folhas. São cenários que fazem parte de épocas marcantes da minha vida, e eu nem diria que poderiam ser tão inusitados assim justamente por toda a memória afetiva que esses cenários envolvem.

Tem uma caixa d’água que tem um formato espacial no bairro onde eu moro. Mesmo sabendo que ela não é única. Como ela, há três na cidade. A caixa d’água do Cristo Redentor parece uma coroa, uma explosão solar, coisa assim parecida. Talvez quem more na Torre ou em Cruz das Armas tenha essa mesma impressão, uma vez que é nesses locais onde se encontram as outras duas caixas d’água que eu me refiro. Elas são ponto de referência desses lugares. A própria caixa d’água de Cruz das Armas consegue ser vista do Cristo Redentor justamente da mesma rua onde a caixa d’água do Cristo Redentor fica. Só ver de frente dela, no sentido norte.

A primeira aparição da caixa d’água foi no desenho “We built this city”, do terceiro caderno de #96folhas, nessa pegada de lembrar os cenários quase invisíveis de João Pessoa. Já desenhei essa caixa d’água várias vezes no segundo caderno de #40folhas. Mas essa caixa d’água não é o único cenário urbano que eu consideraria inusitado para uma ideia criativa. Existe um outro cenário que hoje já não existe mais e foi até modernizado um dia desses, justamente por remeter a minha infância em um tempo em que a casa onde eu moro estava sendo construída. Era um cenário que eu queria entender onde ficava, porque o que eu via era o infinito. Ou ao menos parecia ser.

Até o final da década de 1990, existiam quatro torres de iluminação metálicas no Estádio Almeidão. Eram as torres que eu via da Rua dos Milagres, onde morei por seis meses entre os anos de 1992 e 1993 – quando eu tinha quatro a cinco anos de idade – e a casa onde fiquei era bem próxima ao estádio. Aquelas torres eram impressionantes para uma criança de quatro anos. Mais ainda era a própria construção, que parecia ser um disco voador. Lembrando que essa época era a mesma da construção do Ronaldão, outro disco voador que eu não tinha muita noção justamente porque nessa época o ginásio estava sendo construído e não havia sido levantado ainda o teto.

E as torres do Almeidão? Elas precisaram ser demolidas por questão de segurança, visto que uma dessas torres havia caído no Estádio Amigão, em Campina Grande, que tem uma dinâmica de construção idêntica ao Almeidão, e havia o plano de se construir torres de concreto, concretizado justamente no final da década de 1990. As luminárias foram trocadas somente neste ano, por LED (no Amigão também). E assim, um cenário urbano ficou na lembrança, como tantos outros cenários foram se modificando e seguem se modificando, como a própria Feira do Rangel se transformando em um mercado, entre tantos outros cenários que a dinâmica e a evolução da cidade vão moldando.

O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.

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