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Retrato do meu cotidiano

Como o ritmo da cidade interfere no seu fluxo de criação?
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Você já transformou uma cena comum do cotidiano urbano em conteúdo criativo? Como foi?

Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim

A minha vida é feita de cenas comuns, e estar perto das cenas comuns do cotidiano me conecta bastante, porque é basicamente isso: a minha vida, a minha realidade, o meu ambiente, o meu trabalho, e se eu enumerar tudo o que uma cena comum do cotidiano significa para mim, eu passaria horas contando. Mas eu tenho milimetricamente cinco parágrafos para contar, com cinco linhas cada uma. Sim, eu sou milimétrico nas histórias que eu conto. Eu não conto menos que cinco parágrafos com cinco linhas. Mas eu posso passar disso. O que eu não quero é contar uma história com menos de cinco parágrafos e cinco linhas, porque eu não estaria contando a história direito.

E por que a minha vida é feita de cenas comuns? Porque esse não é um retrato exclusivo da minha vida. Eu entendo que a vida é feita delas, das cenas que fazem parte de nós. das coisas que a gente quer transformar em arte porque entende que é esse o retrato que a gente quer passar, daquilo que a gente é de verdade e da nossa própria verdade. E o cotidiano urbano é cheio dessas cenas, que trazem um pouco de como a gente constrói esse lugar todos os dias e de como a gente quer trazer isso para a inspiração diária, mesmo sendo um pouco dura muitas vezes, afinal, a gente tá aqui, na batalha, no trabalho, no ambiente, no corre de todos os dias.

A resposta que eu quero dar para essa pergunta talvez seja uma das mais fáceis, porque eu já transformei cenas do cotidiano urbano em conteúdo criativo 40 vezes entre 2023 e 2024. Foi quando eu contei o cotidiano e os aspectos do lugar onde eu moro em forma de ilustrações no segundo caderno de #40folhas, o primeiro caderno temático que eu desenhei pensando que eu não ia conseguir sustentar essa parada, mas eu não só consegui como na sexta-feira eu vou estrear o terceiro caderno temático, o quarto caderno de #48folhas, que vai ter como tema paisagens de uma forma mais geral do que eu tratei no segundo caderno de #40folhas, que não foi só basicamente paisagens, e sim aspectos.

O segundo caderno de #40folhas para mim foi um divisor de águas, porque ali eu poderia retratar ideias que não encontraria espaço nos cadernos de temática geral, os cadernos de sábado. Reproduzi justamente essa cidade invisível que eu vejo todos os dias, e um pouco daquilo que pouca gente vê também. A rua tranquila, a pizzaria do bairro, o estádio de futebol, o terminal de ônibus, e o que mais eu pudesse me lembrar naquela ocasião. Quis retratar em forma de elementos os principais aspectos do lugar onde eu moro e do lugar ao meu redor, além das comemorações de Natal e São João, visto que o caderno atravessou essas duas datas.

Aliás, uma coisa que eu queria dizer é que o quarto caderno de #48folhas vai atravessar essas datas também. Paisagem é mole de trabalhar com datas comemorativas, e uma coisa que eu fiquei preocupado com o terceiro caderno de #48folhas era como eu iria encaixar a proposta de flores na temática junina. E eu consegui. Do mesmo jeito, consegui traduzir o retrato do meu cotidiano de várias formas diferentes no segundo caderno de #40folhas, com as cores que pouca gente enxerga, com as formas que eu quero traduzir e expressar nas artes que eu faço. É o cotidiano que eu quero trazer, é o cotidiano que me inspira.

O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.

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