Tons pastéis e claros para acessibilidade

Parece que foi ontem – e foi ontem mesmo – que eu concluí o primeiro ciclo de paletas sazonais. E é meio louco que eu esteja acostumado desde o primeiro dia a identidade azul depois de quase 30 dias apresentando uma outra cor, e depois fazer isso de novo. Como que isso não afetou a percepção de identidade da marca? Porque foi tudo planejado. E não só pela percepção e pelas sensações que me motivaram a adotar as paletas de cores de uma forma mais plena. É também para que as pessoas leiam, entendam, não se percam nas informações que eu transmito todos os dias. E ter uma identidade coesa é fundamental para isso.

A adoção de tons pastéis foi fundamental para dar uma suavidade para a minha identidade visual, no sentido de que eu não queria usar cores carregadas demais, e sim mais próximas da realidade para que elas possam ser adotadas em materiais offline e do cotidiano diário. O quanto mais real e fiel possível, melhor. Nada longe de todas as outras identidades que eu já adotei no passado, que sempre tiveram vários tons de azul, que é e sempre vai ser a cor institucional dos meus projetos. Tanto que vai ser a cor das paredes do meu quarto, que por enquanto, ainda são verde-piscina, e sabe-se lá que cor tinha atrás do guarda-roupa.

Mas a adoção dos tons mais claros, invertendo a escala de cores adotada em 2019 e que é a mesma de 2025, foi essencial para a questão da acessibilidade visual, e foi esse o motivo da mudança dos elementos da identidade visual do site e das redes sociais em março deste ano. Era necessário ajustar a taxa de contraste, que na identidade visual anterior foi identificada como sendo um problema, e isso não poderia ser ignorado, ainda mais porque eu deveria aprender sobre isso e eu aprendi. Foi assim que eu cheguei na combinação do tom mais claro com os caracteres na cor preta pura, o mais acessível possível.

Todos os elementos da nova identidade visual serão apresentados em um documento que eu elaborei nesses últimos meses, e que entre uma parada e outra, fui trabalhando nisso. É o Manual de Identidade Visual, que será apresentado daqui a pelo menos duas semanas no #ContentTalks, como eu apresentei os guias de Mídia Kit. É nesse documento que eu vou deixar claras as diretrizes da marca, bem como as paletas de cores de base, que são as que são utilizadas para a identidade visual do site, bem como os esquemas das paletas sazonais. É um manual que vai ser atualizado conforme a necessidade de se deixar as regras mais claras, sendo este um documento inicialmente online.

Quanto mais a informação estiver clara para os leitores, melhor ela será consumida. É por isso que uma boa combinação de cores é essencial para a acessibilidade da sua identidade visual. E foi isso que eu fiz na construção da identidade visual do site ao longo dos anos, acertando detalhes, algumas coisas que faltam, construindo de forma plena essa identidade. Que segue em plena construção, afinal, o que eu mais quero é trabalhar ainda mais a questão das cores em outras aplicações da marca. Dentro de todos os padrões que eu estabeleci, mantendo a unidade visual, que faz com que você se lembre que até um dia desses de quando a identidade teve outras cores.