CRÍTICAS CONSTRUTIVAS INCOMODAM

Esse é um caso daqueles que chamam a atenção na TV. Envolve a dificuldade de um lado de aceitar as […]

Esse é um caso daqueles que chamam a atenção na TV. Envolve a dificuldade de um lado de aceitar as críticas (principalmente as construtivas) do outro.

Esse caso aconteceu no Paraná, em relação a um desses programas policiais da hora do almoço (na Paraíba existem vários desses). O apresentador do programa não gostou de ouvir a verdade de um estudante de jornalismo: que seu programa era sensacionalista e tratava os fatos com parcialidade:

Não se sabe ao certo se o programa quer realmente ser levado a sério, pois trata os assuntos com parcialidade e, por vezes, não parece manter respeito com os indivíduos citados nas matérias.
No decorrer do programa, é notável a “mobilidade” com que o apresentador trata os temas pautados, passando uma impressão de que nada do que se fala está certo ou pré-estabelecido.

Trecho da postagem Um modelo a NÃO ser seguido, do blog Crítica de Mídia, editado por alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa

Era a verdade mesmo, e foi escrita por um estudante de jornalismo da Universidade de Ponta Grossa. O apresentador não gostou da crítica e disparou inúmeras ofensas contra o estudante. Ofensas não, ameaças mesmo.

Tanto é que o apresentador acabou indo além demais quando ele ofende a pessoa do estudante, botando até a mãe no meio. A partir daí o apresentador já não mais se defende, ataca. E quando ataca, mostra que não tem argumentos para defender suas ideias, partindo para a ofensa pessoal.

Eu estou a 120 dias de iniciar uma faculdade de comunicação, e sei que não vai ser nada fácil enfrentar números com ideias. Hoje em dia a maior preocupação da comunicação não é com a qualidade daquilo que leva ao ar, e sim com números de audiência que nem sempre são reais. Na pressa de agradar um maior público, não se dá um melhor cuidado aos conteúdos. Se muitos desses programas são feitos por profissionais de comunicação, talvez não levaram em conta aquilo que aprenderam na faculdade.

Quem dera as grandes ideias pudessem melhorar a comunicação, que ela seja medida pela sua qualidade, e não pela quantidade de espectadores. Pena que a grande maioria das empresas de comunicação levem mais os índices de audiência e o sensacionalismo em conta.

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