A gente não se dá conta de tantas coisas, que termina não se dando conta de como o tempo passa e já fizemos muitas coisas. Afinal, a correria não me deixou lembrar de várias coisas, que eu vou lembrando na medida em que os momentos chegam e eu não tive tempo de lembrar de muitas coisas que aconteceram ao longo desses primeiros meses do ano. Como explicar o tempo que passa em uma intensidade que a gente nem faz ideia?
Pode até parecer que tudo o que eu acabei de falar seja confuso para quem estiver lendo. Mas nesse ritmo, tudo fica confuso até para quem está escrevendo. A velocidade das coisas não nos permite nem mesmo explicar em detalhes. E tudo o que eu faço, muitas vezes, é tentar explicar da maneira que eu posso explicar.
Num instante, passamos do começo do ano e da fase dos planos para colocar os planos em prática. Ok, teve um momento em que eu não tirei o ano passado na cabeça, mas isso já passou. O ano passado ficou no passado, e nele ficaram as histórias que serão relembradas ao longo do tempo. Histórias são coisas que ficam e nós relembramos.
Dessa correria, os erros fazem parte. Dessa correria, tudo aquilo que a gente esqueceu vai relembrando aos poucos. Os erros fazem parte do modo como eu conto as minhas histórias, e essas são coisas das quais sempre estamos passíveis. Ninguém escapa. Por isso, não quero me apegar ao perfeccionismo, e sim me acostumar com o tempo em que as coisas aconteceram, e que a gente não pode mudar.
E assim o tempo passa, as histórias acontecem, e a gente vai pegando o melhor de cada coisa que acontece para construir as histórias que a gente quer contar e quer guardar. É desse modo que eu tentei explicar o tempo que passa, se é que eu consegui explicar da maneira que eu gostaria. Como explicar o tempo que passa, só mesmo o tempo explica.