É fato que tudo no país pare quando o Carnaval chega. Tanto que existe aquela frase “O ano só começa depois do Carnaval”. Num instante esquecemos dos nossos problemas, sociais, de convivência, da cidade. Já está até parando em alguns momentos no pré-carnaval.
Natural. As pessoas só querem um pé (como dizia a minha mãe) para se divertir. Quem assim quiser tudo bem. Não é porque eu fico em casa nesse período que eu quero que as outras pessoas fiquem em casa ou vão trabalhar. Cada um de nós é completamente diferente seja na calma ou na agitação.
Os problemas individuais, da cidade, do estado, do país me preocupam como preocupam todo mundo. É fato. Isso não vai me fazer me espelhar em sociedades desenvolvidas que não são tão felizes como nós apesar de todos esses problemas. Trabalhar, trabalhar e trabalhar esperando que as autoridades trabalhem, trabalhem e trabalhem.
Tudo bem, vamos falar que estamos esquecendo que estamos num país corrupto, mas, e a nossa parcela de culpa nisso? Será que a gente não está ajudando a alimentar o monstro que queremos combater? Simples, e pode começar de já. 2012 é um ano de eleição, e você pode comparar as propostas daqueles que querem ser responsáveis pelos rumos de seu bairro e de sua cidade. Já por aí você pode diferenciar candidatos, pré-candidatos, e quem realmente está preocupado com o lugar onde você vive. Daqui a mais dois anos temos eleição estadual, presidencial, e um pouco de reflexão política pode ser o início para combater esse problema.
A gente sabe o quanto problemas preocupam. Mas eu não quero impedir ninguém de se divertir. Eu sei a dose certa da minha cara fechada, das minhas queixas e de que eu sou um ser humano que como todos os seres humanos, precisamos pensar mais em nós mesmos e no próximo. E principalmente pensar como uma sociedade.
E a gente sabe o quanto cada um de nós é diferente. Diferenças somam ideias, e ideias chegam a objetivos comuns à convivência. Não vamos esperar que resolvam todos os problemas do mundo por nós. Vamos começar fazendo isso nós mesmos.
Respeitando as diferenças e levando em conta a nossa identidade. Eu continuo aqui em casa, feliz por quem tem uma razão para se divertir.
