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O futuro da minha rua

O que você espera do futuro da sua rua, se nela você ainda estiver morando? Aliás, você ainda se enxerga na rua onde você mora?
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O que você espera do futuro da sua rua, se nela você ainda estiver morando? Aliás, você ainda se enxerga na rua onde você mora?

Pergunta feita por este editor

Eu poderia enxergar um futuro brilhante na minha rua. Eu queria enxergar um futuro brilhante na minha rua. Eu ainda não estou satisfeito com ela. Nunca me acostumei a ver ela do mesmo jeito e não quero vê-la do mesmo jeito. Eu sei que muita coisa ainda vai mudar e isso é bom, isso faz parte da nossa inquietude como seres humanos, ainda mais quando esses seres humanos convivem em comunidade. Ainda mais quando falo de pessoas que eu conheço desde que eu me entendo por gente, afinal, são quase 36 anos de idade e de convivência no mesmo lugar, tão perto do centro geográfico da cidade, que jamais pode estar distante dela.

Se eu ainda me enxergo na rua onde eu moro hoje? Talvez em algum momento eu vá sair daqui, afinal, nada me prende. Mas eu vou levá-la onde quer que eu vá mesmo sabendo que um dia eu posso não mais estar nela, por conta dos caminhos que o meu trabalho pode me levar. Até porque os meus sonhos começaram aqui, meu site começou aqui, tudo o que eu construí começou aqui. É um lugar que eu vou proteger onde quer que eu esteja, porque eu lembro de como tudo isso era, lembro de como as coisas mudaram, e enquanto aqui eu ainda estiver, eu vou defender como se fosse o meu lugar, aliás, é o meu lugar e nada vai apagar da minha história.

As coisas estão mudando ao meu redor, e aos poucos tudo o que eu fazia em outros lugares eu faço aqui. Tudo o que eu encontrava em outros lugares eu encontro aqui. Porque há 36 anos, quando eu nasci, as coisas não eram fáceis para a minha família, não eram fáceis para os vizinhos, tudo parecia mato mesmo estando em uma capital de estado. Que agora você entende que realmente nela está, mas sente que lá fora querem te excluir de toda a participação nesse crescimento. Só ficar assistindo não te faz um cidadão. E ninguém pode decidir nada por você, sem antes ouvir o que você tem para dizer.

Ser voz ativa é muito importante e foi aqui que eu me tornei e quero continuar sendo voz ativa, porque eu acredito que eu tenho o que contribuir para um lugar que eu conheço com a palma das minhas mãos. Aliás, foi com as minhas mãos no chão da rua que eu comecei a dar os meus primeiros passos. E diferente dos desenhos que eu fazia naquela época, o que eu faço hoje está no ar e não se desmancha. O que está no ar vai além dos limites da minha rua. Está aí, para todo mundo ler. Tudo o que eu agora faço com as mesmas mãos que desenharam coisas incríveis no barro da rua aos cinco, seis anos de idade.

Um dia eu posso não estar mais na minha rua. Posso estar em outras ruas, em outras casas, em outra cidade, onde a minha inquietude me levar, porque eu jamais vou deixar de ser essa mente criativa e inquieta onde quer que eu esteja. Por onde quer que eu vá, eu vou levar as lembranças e as recordações da minha rua, na certeza de que cada desenho, cada texto e cada passo tem um pouco de sua marca registrada. Porque quem quer construir uma história, tem que ter orgulho de onde veio e defende o seu lugar. E é assim que eu continuo na busca e na construção dos meus sonhos. Sem sair da minha casa. Sem sair da minha rua.

Este é o tema “Conhecendo Você”, o primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar, com perguntas que eu respondo sobre temas de autoconhecimento e cotidiano. Inicialmente elaboradas por inteligência artificial, as perguntas passaram a ser elaboradas por mim e pelo público através dos canais de contato e redes sociais.

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