Depois dos posts mais intensos da semana, não tem como não falar de tudo o que aconteceu no WhatsApp sem falar nas alternativas ao serviço, e principalmente, da debandada de usuários da plataforma fazendo com que os usuários procurassem alternativas ao serviço de mensagens, principalmente aquelas com foco em privacidade e que não coletem tantos dados ou quase nada.
Tudo isso porque, depois de toda a confusão de como o WhatsApp lida com os dados e que ficou ainda pior quando o aplicativo atualizou essas regras e condicionou a aceitação aos usuários, muita gente não só considerou sair como saiu, procurando alternativas. O WhatsApp logicamente sentiu e fez vários esclarecimentos ao longo da semana passada na tentativa de mitigar as perdas – veja o resumo de um desses esclarecimentos na web story no final deste post.
Essa procura por alternativas já aconteceu várias vezes, é verdade, quando o WhatsApp era bloqueado por decisões judiciais ou caía por instabilidade. A pergunta que eu faço é: será que dessa vez os usuários irão se manter coesos nas novas plataformas? Ou irão esquecer tudo e voltar a usar o WhatsApp com frequência por questão de costume?
Dentre as várias alternativas existentes, vou destacar justamente as duas mais comentadas. Uma sempre foi usada como alternativa para o WhatsApp por ter bem mais recursos e muita gente julgar melhor do que ela por conta disso. Mas aí veio uma outra alternativa que recebeu uma forcinha de muita gente por ter foco máximo em privacidade.
E vamos as alternativas. Afinal, você já deve ter a sua opção preferida, ou se não, pode ser que este post te ajude.
Telegram – para quem procura recursos
Foi lançado em 2013 pelos irmãos Nikolai e Pavel Durov, fundadores do VK, a maior rede social da Rússia. Por sua vez, o Telegram é uma empresa independente desta. A sede atual do Telegram é em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O aplicativo é de código aberto, ou seja, qualquer pessoa pode modificar seu código-fonte e oferecer uma solução baseada nele. Permite enviar arquivos superiores a 2 GB, possui nuvem para backup, e você não precisa expor o número de seu celular (mas precisa dele para se inscrever, lógico), compartilhando um link para quem quiser conversar com você (como t.me/josivandroavelar).
Você pode criar grupos com limite até 200 mil contatos, permitindo ainda enquetes e quizzies, além de permitir a organização de conversas em abas. Além disso, você pode usar três contas diferentes no mesmo aplicativo e uma mesma conta pode ser usada em vários dispositivos diferentes.
No computador, não depende do pareamento com o celular que nem no WhatsApp Web, funcionando independente deste. Você pode deixar o seu celular desligado e continuar usando o Telegram no computador.
E tudo isso se soma ao suporte aos bots – um exemplo é o que atualmente é empregado pelos canais dos sites da network 612. Há ainda uma função de “Pessoas próximas” para encontrar pessoas e grupos que estejam perto de você, desde que, logicamente, elas ativem o recurso.
A criptografia é disponível apenas nos chats secretos.
Signal – para quem procura privacidade
Lançado em 2014, foi desenvolvido pela The Signal Foundation, uma instituição sem fins lucrativos fundada por Moxie Marlinspike e Brian Acton (que foi cofundador do WhatsApp), e pela sua subsidiária Signal Messenger LLC.
Entre seus usuários famosos estão Jack Dorsey, CEO do Twitter; Edward Snowden, que revelou a existência de um esquema de espionagem dos Estados Unidos, e Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, que com apenas este tweet alavancou a popularidade do aplicativo:
Pronto. Somente isso fez o Signal disparar mais do que este blog quando publicou a web story das hashtags banidas do Instagram.
O usuário se inscreve a partir do número do telefone celular, por meio do qual você recebe o SMS de confirmação, porém nem esse dado o Signal coleta. Todos os chats são criptografados, incluindo os dos grupos, cujo limite é de até 1000 contatos.
Conta com um recurso chamado “Notas para mim”, onde você salva anotações que você gostaria de guardar, tipo quando você usa um chat do WhatsApp para fazer isso – ou como eu, que coloco anotações no chat da 612 Comunicação, que já está no meu telefone.
Você pode compartilhar imagens apenas uma vez, sendo deletado para ambos os participantes do chat após o destinatário visualizá-la. Além disso, permite ainda que você apague mensagens num determinado intervalo de tempo que você define em um temporizador, além de borrar rostos de terceiros em uma imagem.
O software é de código aberto. Para usar o Signal em outros dispositivos, o telefone tem que estar ligado – como no WhatsApp.
Migrou para algum aplicativo? Convença os amigos!
Muita gente resiste em fazer uma mudança de aplicativo, principalmente os de mensagem, porque as outras pessoas não fazem junto. É aquele medo “eu vou baixar um aplicativo, mas acho que eu vou encontrar só meia dúzia dos meus contatos”. Ou até você mesmo e mais ninguém.
É verdade; uma mudança como essa nunca é feita individualmente; uma pessoa puxa as outras. Por isso, siga esta dica: pergunte a seus amigos que aplicativos eles usam, e logicamente algum pode te contar que está saindo do WhatsApp, por exemplo, e só vai entrar em contato com as pessoas por um determinado aplicativo.
Toda mudança demora, mas não desista. Afinal, toda mudança é lenta assim mesmo. A gente não sabe até onde essa história toda do WhatsApp vai parar e se eles vão conseguir reverter a crise de imagem. E principalmente, acompanhar as tendências. Porque se todo mundo vai para algum canto, você não se sentirá sozinho quando chegar a esse canto.
Qual você usa?
Depois de ler este post, você deve ter tomado a sua decisão. Ou tomou a sua decisão e está lendo este post para ficar ainda mais convicto de suas escolhas.
E por isso vou fazer umas perguntas que você não necessariamente precisa responder objetivamente, mas pode comentar a respeito baseado nas suas experiências: Qual dos dois aplicativos você usa? Você utiliza como ferramenta alternativa ao WhatsApp ou já deixou de usá-lo? Já teve algum aborrecimento com o aplicativo? Conte aqui nos comentários!
É no entendimento das preocupações que se criam soluções melhores. E se entende o que as pessoas realmente querem. Por isso, é essencial continuar informando a respeito, para que isso fique de lição para as gigantes de tecnologia; você pode oferecer tudo o que as pessoas querem e conhecer melhor o seu público para isso. Mas sem ferir o direito a privacidade.
Leia também esta web story com o mais novo esclarecimento do WhatsApp.
Relate também nos comentários a sua preocupação com a privacidade e com os seus dados. E porque isso é tão importante num mundo conectado onde não nos separamos dos telefones.
Não concordo e não aceito essas regras. O whatsapp é apenas um aplicativo para troca de mensagens e conversas em grupo ao mesmo tempo e não tem que se tornar em serviço de propaganda e marketing e isso é o que estão transformando o aplicativo. Não quero e não aceito ficar recebendo propaganda e tentativas de venda de produtos e serviços. Queremos apenas conversar em paz e sem nenhum tipo de propaganda ou algo parecido.
Não vou cancelar a conta más se eu ficar impedido de usar já tenho o Telegram e o signal no meu telefone.