A maquete da Lagoa, de 2005, foi uma das suas obras mais inesquecíveis? Como foi montar e desfilar com ela?
Pergunta feita por este editor
2005 chegou com a promessa de que eu iria superar o mico de 2004, em que eu desfilei com um barco a vela que se desmontou na avenida. Não diria apagar da memória porque se eu tivesse apagado aquilo da memória, eu não teria contado a história de ontem pela terceira vez nesses 15 anos e meio de site. Mas era fato: a maquete memorável ainda não veio. Até aquele desfile cívico de 2005, que teria como tema o aniversário de João Pessoa, que naquele ano completava 420 anos. Foi aí que me vieram com a ideia de fazer uma maquete do Parque Solon de Lucena, a Lagoa, no formato que ela tinha até 2016 – e que não acreditávamos na época que passaria por uma mudança tão radical, achávamos que aquilo não iria mudar nunca!
Mas a Lagoa mudou, e bem, vamos voltar para 2005, quando a Lagoa ainda tinha anéis interno e externo e tinha ônibus passando pelo asfalto do anel interno. A ideia exigiu tudo que é material, que foi cedido pela escola: isopor, cola branca e de isopor, tinta guache, papel camurça, laminado, celofane, tá faltando mais algum papel que eu tenha me esquecido? Usei todos os materiais possíveis e imagináveis e levei uma semana para construir a maquete, com todos os detalhes possíveis e imagináveis, voltando a usar essa expressão novamente, porque fiz tudo o que a Lagoa da época tinha: asfalto, carros, árvores, palmeiras, postes…
A maquete foi conduzida para a escola já chamando atenção de quem passava no caminho. O desfile cívico daquele ano dessa vez foi realizado na Avenida Dom Bosco, no Cristo Redentor, e a Horácio Trajano deixou de ser a concentração para ser a dispersão do desfile. Com a mudança de gestão da Prefeitura de João Pessoa, tive que usar uma camisa com o logotipo da gestão da época, que acabou não sendo a camisa que eu usaria pelo resto do ano por ser pequena demais para mim, e aquela camisa era a única que tinha para o meu tamanho, afora ser o padrão para aquele desfile. Pela primeira vez, o logotipo da Prefeitura continha o brasão municipal, mas isso não impediu que nas gestões seguintes, os logotipos fossem mudando.
Do asfalto para a pedra, a concentração do desfile foi no cruzamento com a Avenida da Fraternidade. O diferencial desse desfile é que as ruas principais que cortavam a Dom Bosco não foram interditadas, até porque não tinha por onde desviar do desfile. O que a então STTrans – hoje Semob-JP – fez? A cada escola que passava, eles interrompiam o trânsito fazendo os motoristas aguardarem a escola toda passar, e quando ela passasse toda, aí sim eles liberavam. Por onde passei, fui aplaudido. Não existem registros conhecidos do desfile, mas da maquete que eu fiz, existe um registro que foi feito depois do desfile, e aqui está:
Como podem ver, a maquete voltou para casa, e ficou dois anos em cima do guarda-roupa criando poeira, porque eu não tinha o que fazer com ela, nem queria que ela simplesmente fosse para o lixo. Mas alguma coisa tinha que ser feita com a maquete, que atravessou a fase do Lyceu Paraibano, escola onde eu fiz todo o Ensino Médio. E bem, foi ali que a maquete foi parar, a menos de 50 metros do local reproduzido na maquete que eu fiz no desfile cívico de 2005. A história de como essa maquete foi parar no Lyceu Paraibano eu vou contar no próximo post da série, e uma coisa eu posso antecipar: ela foi de outra forma, bem diferente.
Este é o tema “Conhecendo Você”, o primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar, com perguntas que eu respondo sobre temas de autoconhecimento e cotidiano. Inicialmente elaboradas por inteligência artificial, as perguntas passaram a ser elaboradas por mim e pelo público através dos canais de contato e redes sociais.
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