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A vela olímpica

Conte a história do barco a vela do desfile de 2004, montado para um desfile cívico cujo tema foram as Olimpíadas que ocorreram naquele ano em Atenas.
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Conte a história do barco a vela do desfile de 2004, montado para um desfile cívico cujo tema foram as Olimpíadas que ocorreram naquele ano em Atenas.

Pergunta feita por este editor

A história do barco à vela é uma das mais épicas e ao mesmo tempo engraçadas dos desfiles cívicos. Foi no desfile cívico de 2004, cujo tema foram as Olimpíadas que haviam acabado de acontecer em Atenas. Os alunos iriam desfilar ora fardados, ora vestidos como atletas dos esportes mais conhecidos e tradicionais: de futebol, vôlei, natação, e é claro que eu não iria desfilar de qualquer maneira: pensei logo em um esporte olímpico que o Brasil tinha conquistado medalhas naquela ocasião e sugeri para a diretora da escola que eu construísse uma maquete que retratava um dos esportes medalhistas daquela Olimpíada.

O Brasil ganhou naquela Olimpíada 5 medalhas de ouro (eram 4, a quinta veio no ano seguinte após a descoberta de um caso de doping no hipismo) após, 2 medalhas de prata e 3 medalhas de bronze, totalizando 10 medalhas. Para se ter uma ideia, nos Jogos Olímpicos de Paris que terminaram no mês passado o Brasil conquistou 3 ouros apenas, mas na soma total obteve o dobro de medalhas, considerando ainda as 7 medalhas de prata e 10 de bronze. Mas vamos voltar a 2004: o Brasil conquistou medalhas no vôlei de quadra e de praia, no atletismo, no judô, no futebol, no hipismo e na vela. Na vela, vieram duas medalhas de ouro das cinco conquistadas em Atenas. Eu não tive dúvida do que construir para o desfile cívico.

Então eu peguei junto com a escola cartolina, placas de isopor, cola, papelão, papel colorido de todos os tipos, lápis hidrocor e fiz um barco a vela, no formato de um dos barcos usados nas competições olímpicas em todos os seus detalhes. Na vela do barco, os nomes dos atletas que conquistaram as duas medalhas de ouro da vela em 2004: Robert Scheidt (Laser), Torben Grael e Marcelo Ferreira (Star). No post “À deriva no asfalto“, o primeiro post onde eu contei a história desse desfile aqui no site, publicado há 15 anos, eu postei essa figura abaixo, reproduzindo como era o barco que eu construí para o desfile cívico.

Reprodução do barco a vela do desfile cívico de 2004.

Andar com esse barco foi uma aventura: a princípio eu iria carregando esse barco sozinho, e foi o que eu fiz por pelo menos 300 metros de casa para a escola, até que um cidadão em seu carro me viu carregando aquilo e perguntando para onde eu ia. Ele ofereceu uma carona para a escola, que ficava no caminho do trabalho dele, e em menos de um minuto eu já estava lá. Carregar isso daí da escola para a concentração do desfile foi outra aventura, mais 300 metros e o vento batendo com toda a força, tanto que o barco já tinha se desmontado pela primeira vez lá mesmo. Por falar na concentração do desfile cívico, é justamente de lá que vem o único registro fotográfico do barco, que você confere abaixo.

Eu e o barco a vela no desfile cívico de 2004.

E lá vou eu andando com esse barco pelos mesmos 1,13 km do ano passado. O barco estava com a vela para cair, e lá estava eu carregando aquilo contra o vento que sempre vem do Norte. Eu sempre ia para a escola e via os aviões lá de longe subindo na direção do Sul, porque os ventos corriam para o Norte, e como se sabe, geralmente os aviões decolam contra o vento. E a direção do desfile era justamente para o Norte, por sinal, a mesma mão da 2 de Fevereiro. O resultado foi um desfile inteiro brigando contra o vento. O barco continuou a se desmontou no meio do desfile. E eu querendo chegar logo na dispersão que parecia longe.

Quando cheguei na dispersão do desfile, o barco enfim terminou de se desmontar e eu pude voltar para casa com o barco praticamente desmontado nos braços, que naquela altura já estavam doendo por estarem na mesma posição por horas e aquela dor só passou de noite. E foi lá em casa que o barco foi desmontado e virou outra maquete de um trabalho escolar, além de uma lembrança eternizada na foto acima que eu ainda não emoldurei para um quadro de parede, eu ainda vou fazer isso e me lembrar desse momento. Essas foram as lembranças daquele desfile olímpico, o suficiente para deixar mais uma marca nas ruas, mas o ano seguinte ainda iria me proporcionar algo melhor.

Este é o tema “Conhecendo Você”, o primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar, com perguntas que eu respondo sobre temas de autoconhecimento e cotidiano. Inicialmente elaboradas por inteligência artificial, as perguntas passaram a ser elaboradas por mim e pelo público através dos canais de contato e redes sociais.

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