Mídia e conscientização

Durante toda a semana, falei um pouco sobre essa questão de relacionamento da mídia com a comunidade, onde por mais que a comunidade acredite que a mídia pode estar do seu lado, na realidade ela quer impor a sua visão. A visão de quem não enxerga as potencialidades que existem em uma comunidade.

A mídia pode ser usada para justamente isso, dar visibilidade a vozes e potencialidades que existem nas comunidades, muitas vezes estigmatizadas pela violência que acontece nelas como acontece em qualquer lugar, mas tratada de maneira muitas vezes sensacionalista por parte de algumas mídias.

A mídia deve se ater aos fatos, que devem provocar reflexões. Não se pode buscar fórmulas mágicas, afinal, não existe fórmula mágica na convivência em comunidade. Como já disse em outros posts, muita gente acredita que os profissionais de mídia possam ter essa fórmula e muitos desses profissionais, acreditando nisso, se tornam políticos. Acostumados com os holofotes, não se acostumam a serem vidraças.

Erros existem em qualquer mídia, quantos erros eu não já cometi, fazendo, refazendo, desfazendo um monte de coisas que eu acreditava ora estarem certas, ora estarem erradas? O que não se pode é abusar do direito de errar, e muitas vezes errar conscientemente acreditando que está se fazendo a coisa certa.

O importante é que a mídia, representada pelos seus veículos, e principalmente, pelos seus profissionais, comece a se enxergar e enxergar as suas potencialidades e assim ela possa enxergar as potencialidades das comunidades para que a mídia possa ser um vetor de uma verdadeira mudança positiva.

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