Era aquela série “Enquanto estou de folga”, mas, atendendo a pedido do meu irmão, que não gostou nada do título (e certamente aposto que muita gente não gostou também), mudamos o nome desta série para “Em busca de soluções”, ou seja, em busca de soluções que possam resolver os impasses salariais entre governos estaduais e professores. Porém o enredo desta novela é o mesmo de antes.
A greve dos professores da Paraíba já vai em 26 dias. Dessa vez com direito a ocupação da Assembleia Legislativa, nova rodada de negociações com o Governo, e até agora nada. Hoje as partes devem voltar a negociar. Uma decisão definitiva sobre se a greve termina ou não sai na segunda-feira.
Assim, o ano letivo de 400 mil alunos foi consideravelmente afetado. 25 dias já é mais que um recesso junino. E agora, 30 dias pode ser mais que um período de férias de dezembro. Férias, aliás, que os alunos mal tinham acabado de sair na ocasião do único mês em que tiveram aula, o mês de fevereiro. Onde teve um carnaval no meio do caminho. E estavam com o primeiro bimestre no início. Conclusão disso tudo: mal começaram o ano letivo, e sem saber quando irá terminar.
Enquanto isso, em São Paulo, as coisas acabaram tomando um rumo, digamos, quase de guerra. Os professores foram protestar pacificamente em frente ao Palácio do Governo local, mas no meio do caminho estava a polícia, que conteve (melhor dizendo, reprimiu) a manifestação. Uma comissão de professores chegou a se reunir com o governo paulista por 40 minutos. Nada também.
Esperamos, mais uma vez, que as partes se entendam e que os prejuízos aos alunos possam ser minimizados. Afinal eles são os mais prejudicados por esse impasse.