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As marcas que precisamos superar

Esse período divertido deixou marcas que precisamos superar. Que não foram as marcas que eu queria deixar.

Quando você acha que não, sim, aquele período divertido ainda não passou. Ele termina apenas no domingo, e de qualquer maneira, deixando marcas que precisamos superar. O segundo turno é aquele momento em que os dois mais votados são submetidos a escolha, uma vez que reprovamos todos os demais projetos do terceiro colocado para baixo, que de certa forma tentam insistir nesses projetos reprovados apoiando um ou outro candidato que ainda esteja na disputa, sem entender que os próprios projetos foram motivo para eles estarem fora da disputa. Mas é aquilo, vamos ter uma segunda chance de escolher, e esperar que a escolha que seja feita pela maioria seja respeitada por todos, superando as marcas que precisamos superar.

E quando eu digo que esse período divertido deixou marcas que precisamos superar, digo no sentido das coisas que eu costumo falar toda vez que eu tenho oportunidade de falar do meu trabalho e dos meus projetos: quando eu digo que eu quero deixar as minhas marcas no mundo, são marcas daquilo que a gente faz de bom, e não as marcas daquilo que nos afastam uns dos outros e só ressalta aquilo que queremos mostrar, escondendo o que se quer esconder. Somos muito maiores do que isso e precisamos superar essas marcas, afinal, esse período vai acabar e vai voltar daqui a quatro anos, esperando encontrar um cenário bem diferente e sem estigmas a se reforçar. Estigmas que não precisam ser reforçados, e sim curados.

Quanto aos estigmas reforçados, são coisas que estamos acostumados, e a gente sabe quem estigmatizou e quem manteve o respeito. Tem coisas que vão ficar marcadas? Sim. E eu vou me lembrar disso principalmente por conta daquilo que nos faz e nos deveria fazer como cidade: a unidade, que é possível de ser construída ainda que tenhamos várias cidades dentro de uma só, com suas características, com suas realidades socioeconômicas, e com a certeza de que as coisas mudam, as coisas evoluem, e ninguém pode segurar isso. Pois isso eu vi muito e bastante, mesmo que da maneira mais implícita, afinal, não se pode ser direto no momento em que se precisa dos votos de uma cidade inteira.

O que deveria prevalecer era o respeito e o reconhecimento de que sim, estamos caminhando com as nossas próprias pernas e que sim, somos uma cidade dinâmica, que muda o tempo inteiro na medida em que nós empreendemos. Mas o que eu vi foi apenas o retrato de quem acha que tudo deveria estar ótimo como era ou como estava, e que a mudança nada mais seria do que deixar as coisas como elas estão. A gente sempre quer mais e não vai se conformar com o presente, tendo um futuro brilhante pela frente. Um futuro que precisa ser melhor para esta e para as próximas gerações. Estamos mesmo dispostos a construir esse futuro?

Se estamos dispostos a superar as marcas que precisamos superar, é hora de começar a deixar as nossas marcas no mundo. Marcas daquilo que somos bons em fazer, e é disso que eu venho falando sempre. E isso precisa começar agora, antes de qualquer escolha a ser feita, e apesar da escolha a ser feita. Representamos as marcas que deixamos e que fazemos e somos maiores que as marcas que querem colar em nós. E são essas marcas que querem colar em nós que nós precisamos superar, porque sabemos do nosso potencial e confiamos nas marcas que queremos deixar para as próximas gerações. E bem, tudo o que eu espero é uma segunda-feira tranquila com a escolha que fizemos. E eu vou me lembrar de tudo isso.

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