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A conquista do ambiente

Como tem sido dormir no seu quarto, que é um espaço que você conquistou pela primeira vez?

Como tem sido dormir no seu quarto, que é um espaço que você conquistou pela primeira vez?

Pergunta feita por este editor

Durante vários anos, eu dividi o quarto com o meu irmão. Foi assim, pelo menos oficialmente, até o dia 7 de junho, quando ele se mudou para o quarto que era da minha irmã. Eu já estava praticamente “treinado” a estar sozinho, afinal, não é a primeira vez que eu dormia sozinho no quarto, isso já aconteceu outras vezes. O inédito nisso tudo é que agora é uma rotina. O meu irmão já não dormia no quarto há pelo menos um mês e meio antes da mudança definitiva. Ele meio que me treina para essas coisas, igual uma vez quando eu era um pré-adolescente, quando eu descobri que andei de ônibus sozinho pela primeira vez porque ele tinha fingido que pegou o ônibus que eu voltaria para casa, mas na verdade, me deixou ali, e pegou outro ônibus depois.

A primeira coisa de todas é que eu já era acostumado a dormir sozinho. Não teria medo, igual não tive mais medo de dormir com a luz desligada – e até prefiro assim – e de outras manias de infância das quais eu me desapeguei. Além disso, eu já tenho idade suficiente até para morar sozinho se eu quiser. Como eu não tenho recursos para comprar uma casa, quanto mais alugar, cá estou eu, na casa da minha mãe, no espaço que agora é destinado para mim. Agora eu tenho menos preocupações para lidar, uma cama a menos para arrumar, e só as minhas coisas para cuidar, e está tudo bem. É a fase da minha vida no momento.

Na semana passada, eu falei sobre as crises de ansiedade e como elas afetaram o meu sono, ao ponto que passei três noites não consecutivas sem dormir, e até hoje eu trato esse problema na certeza de que isso não irá mais acontecer tão cedo. No meio do caminho, veio a mudança de quarto e uma consequente mudança dos hábitos que até aqui, tem ajudado a melhorar o meu sono. Eram crises de ansiedade geradas pelas preocupações do trabalho, que eu ainda tenho, mas hoje, as coisas estão bem diferentes, e eu tenho como controlar. E sobre a qualidade do sono? As coisas mudaram consideravelmente nesses dias.

Quando eu dormia no beliche, eu dormia bem menos do que eu costumo dormir agora, para não dizer que eu dormia bem mal várias noites, e em qualquer crise de insônia que desse, acontecia o que aconteceu nessas três noites não consecutivas, de não conseguir dormir e ter que sair do beliche para ir a algum ponto onde eu pudesse relaxar, porque ali eu definitivamente não me sentia relaxado. Queria, mais do que nunca, arrumar um jeito de sair dali, e eu consegui. Nem tem comparação com as noites de sono em uma cama de verdade, ainda que seja no beliche semidesmontado, num nível normal de uma cama.

Hoje em dia, eu tenho acordado até mais tarde que o habitual. Ou seja, eu tenho dormido bem mais. Só isso diz muito sobre como era dormir antes e dormir agora. E eu tenho ficado mais por aqui, eliminando a descentralização do meu trabalho e passando a concentrar o máximo que puder, para não dizer tudo, aqui no meu quarto. Foi assim que eu consolidei a conquista do ambiente, pronto para dar passos maiores. E esses são apenas os primeiros passos de grandes passos que eu quero dar para o meu futuro, que para uns parece até insignificante, mas para mim significa bastante em termos de autonomia, independência e produtividade.

O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.

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