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#31conversas de 2025 – 010: O sono que me persegue (e foge de mim)

O sono que me persegue no resto do dia é o sono que me falta em algumas horas da noite. É uma batalha diária, mas eu consigo encarar numa boa.
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Eu sou uma pessoa que tem um relógio que funciona de uma forma completamente diferente do relógio de uma pessoa dita normal. Durmo de três horas da manhã, mas uma coisa é deitar de três horas da manhã, outra é pegar no sono e dormir. Já fui uma pessoa que sofria de insônia, por conta da – adivinha! – ansiedade, mas eu me adaptei e adaptei a minha hora de me sentir confortável para dormir por conta disso, afinal, quando você se sente confortável, se sente mais relaxado para dormir e mais disposto para encarar a rotina do restante do dia. E o que eu não quero é me sentir pressionado para dormir.

Eu demoro para pegar no sono. Se eu conseguir dormir de quatro horas da manhã, já será uma conquista, afinal, é a minha média diária do tempo que eu levo para conseguir dormir. O sono me persegue durante várias horas do dia. Mas quando eu mais preciso dele, ele foge de mim. São consequências da vida que eu levo, das condições do meu quarto, são várias camadas que explicam o meu sono que não dá para descrever tudo em um post. Resumir é mais fácil.

Nos meus tempos de faculdade, eu acordava de 5:30 da manhã, afinal, eu tinha que ir para uma faculdade que fica bem longe, a quase 8 km de casa, em outra cidade, e usar o transporte público é simplesmente desafiador por conta dos arrodeios que você é obrigado a fazer para chegar lá. Aliás, como eu adoraria voltar a falar desses arrodeios, ainda tenho algumas coisas presas na garganta. Chegava cansado da faculdade, mas eu procurava tirar o cansaço com bastante esforço. A volta era outra odisseia, e nem precisa dizer que eu chegava cansado em casa, não é? E eu não podia dormir, por conta da insônia. Ou não conseguiria dormir cedo.

Ter terminado a faculdade e me desobrigado de acordar cedo foi de certa forma uma vitória, afinal, eu não precisaria me preocupar com a hora de dormir. Aliás, antes da faculdade, já tinha passado quatro anos acordando de seis horas da manhã para fazer o fundamental, e em duas ocasiões perdi a hora e em outras me arrumei em dez minutos e fui para a escola. Fiquei com esses momentos na memória quando fui fazer faculdade, e olha que depois desse período que eu estudei de manhã, fiz o ensino médio de tarde. Três anos livre de acordar cedo.

E bem, depois desse período acordando cedo e muitas vezes sentindo sono, eu acabei fazendo a minha própria hora de dormir, dentro daquilo que é possível e repondo o sono quando necessário, afinal, dormir sem pressão me torna mais leve. Foi assim que comecei a aproveitar melhor a madrugada. Mas mesmo em momentos como esse, de mais leveza, de home office e outras facilidades, eu sentia sono de tarde. Aliás, eu ainda sinto sono de tarde. Não sei como eu ainda estou acordado digitando este texto. Ah, é mesmo, são quase oito horas da noite. Nessa hora é que eu estou mais ligado em conseguir concluir as minhas tarefas.

O sono que me persegue no resto do dia é o sono que me falta em algumas horas da noite. É uma batalha diária, mas eu consigo encarar numa boa, afinal, eu sei quando eu preciso estar mais ativo e quando eu preciso relaxar. E se necessário for, posso até parar tudo e tirar uma soneca. O quarto hoje ainda não me permite isso, mas quando eu tiver com tudo organizado por aqui, eu posso tirar algumas horas para descansar. E quem sabe, escrever um texto na hora do amanhecer. É o que eu mais quero no momento, e se assim for necessário, tudo o que eu mais quero é relaxar.

Todo mês de janeiro tem #31conversas sobre a vida, o começo do ano, planos, muita coisa. Uma conversa por dia durante todos os 31 dias do primeiro mês de cada ano, sem tema, sem nada: não precisa partir de uma pergunta, uma boa conversa já é o suficiente.

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