Esse é um desafio interessante, pois eu pegaria uma notícia totalmente desinteressante (para mim) e consideraria: como isso se conecta com a minha vida? No fim, escolhi uma notícia local e quero assim contar uma história sem os mesmos clichês de sempre.
WSCOM
O primeiro ponto de conexão: é você ter nascido em João Pessoa. O segundo é que você não mora em nenhum dos bairros mencionados como os melhores para morar, a menos, é claro, que você seja bem classe média alta. Uma coisa mais de dinheiro do que de mentalidade, posso dizer assim. E até parece que a cidade que moro não seja essa da notícia, o lado leste.
Afinal, de quantas cidades é feita uma cidade? Existe a João Pessoa que os turistas conhecem e existe a João Pessoa que faz essa João Pessoa funcionar. Elas só se separam por linhas imaginárias, nomes, cultura. E cá estou eu, a seis quilômetros do mar, do lado oeste da cidade, na metade do caminho entre o Centro e a Zona Sul.
Tô aqui, no bairro do Rangel, há quase 34 anos, não por acaso a minha idade. Nunca me acostumei com outro ambiente. Eu apenas vejo ele mudar conforme o tempo. E apagar pouco a pouco os estigmas que o restante da cidade tem desse triângulo isósceles no meio do mapa pessoense.
O melhor lugar é onde você está (e com o que você se identifica)
E é assim: eu acredito que o melhor lugar é aquele que você está. Bairro é uma cerca imaginária no mapa que a gente se identifica, mas dá o nosso melhor para justamente ter uma qualidade de vida que a cidade pode ter além de sua orla.
E é aquilo. Por esses cantos eu apenas passei, e nem estudar estudei – no Centro fiz o Ensino Médio, na cidade vizinha de Cabedelo fiz-me publicitário. E é assim que fujo do óbvio e acredito que de onde eu estou, eu posso e eu estou construindo a minha história.
Aleatória, mas uma hora ela se encontra.
Uma pergunta sugerida pelo Daily Prompt do Jetpack: diariamente, toda vez que eu abro o app ou a sugestão de escrita diária, o Daily Prompt me sugere um tema. Siga-me no Instagram, no TikTok e nas demais mídias sociais.