Toda vez que compartilho um link deste blog no Facebook, por exemplo, tenho de digitar uma combinação quase indecifrável de letrinhas para autorizar a publicação do post. E não apenas no Facebook: em qualquer página, compartilhando links, comentários ou votando em uma enquete, você tem que fazer aquela famosa confirmação de letras para prosseguir a sua ação.
Sim, pode até ser um verdadeiro tormento ter que digitar essas letrinhas (e ainda por cima errar), mas isso é segurança. As tais letrinhas chamam-se CAPTCHA. Sim, isso é uma sigla, do inglês “Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart” (ou em bom português, Teste de Turing público completamente automatizado para diferenciação entre computadores e humanos). Esse nome meio ficção científica já explica de cara para que é que serve esse recurso: é justamente para provar que você é você, e não uma máquina (ou melhor, que você realmente existe em carne e osso, e não em bits e bytes).
A ideia do CAPTCHA é justamente impedir que programas de computador se passem por pessoas e manipulem determinados dados. Por exemplo: votação em enquete, caixas de comentários (um mesmo comentário pode aparecer copiado e colado em várias páginas e repetido várias vezes), criação de páginas e/ou URLs e criação de comunidades no Orkut, por exemplo. Se você se inscreve numa rede social, obrigatoriamente digita um CAPTCHA.
Assim, pela lógica do sistema, um programa de computador dificilmente conseguiria decifrar essas letrinhas, só um ser humano, evidentemente. Essa é a intenção do CAPTCHA, provar ao sistema que você é realmente você mesmo.
Letrinhas essas que são até complicadinhas de decifrar, mas que são pelo bem da segurança virtual, contra os indesejados spams que costumam circular na Internet.
É complicado, é. Mas todo esse aparato criativo de segurança existe para provar que você é uma pessoa de verdade no mundo virtual, onde sempre inventam alguma coisa para tumultuar a ordem das coisas. E toda invenção é bem-vinda quando a sua principal intenção é manter a ordem das coisas na sua mais perfeita harmonia.