Image

Ruído da cidade

Existe um “ruído da cidade” (sons, movimento, visual) que você considera parte do seu processo?
,

Existe um “ruído da cidade” (sons, movimento, visual) que você considera parte do seu processo?

Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim

A cidade não é feita somente daquilo que se vê. É feita de sensações. Do que se ouve, do que se sente, e mesmo aquilo que a gente vê são ruídos. A palavra, em seu pleno significado, significa um som indesejado, mas ele está em todos os lugares e não apenas nos ouvidos. Está na eletrônica como uma corrente indesejada, está na natureza e faz parte dela, está nas ruas e é parte do nosso cotidiano, onde cabe a gente passar ou não. O ruído também faz parte da comunicação, e eu já aprendi sobre isso na Teoria da Comunicação quando eu estudava Publicidade e Propaganda, como um elemento que influi na maneira com que a gente se comunica.

Assim sendo, o ruído faz parte da minha profissão como coisa que a gente muitas vezes precisa minimizar para ter uma comunicação onde a gente possa entender com mais clareza o que o mensageiro quer dizer. E em algum momento, a mensagem que o mensageiro transmite para nós pode passar por obstáculos. Esses são os famosos “ruídos de comunicação” que muitas vezes fazem a gente entender errado muita coisa. O ruído faz parte do processo, e em alguns momentos eles são coisas inevitáveis de se enfrentar. Mas será que existe algum ruído que faz parte do nosso processo criativo? Você pode imaginar isso e pensar que não, a gente precisa fugir deles. Mas tem ruídos que fazem parte.

E os ruídos que eu quero falar nesta resposta não são simplesmente ruídos que se ouvem, no pleno significado da palavra. São os ruídos que se veem, ruídos que se ouvem, ruídos que se sentem. Ruídos que fazem parte do nosso cotidiano. Ruídos pelos quais passamos todos os dias e a gente sente falta se não os ouve, se não os vê, se não os sente. E até mesmo aqueles ruídos que passam por nós e a gente nem sente, porque até mesmo a correria do tempo nos faz não conseguir prestar atenção nem mesmo nos ruídos. Mas eles estão lá. O tempo todo. Até mesmo naqueles momentos que parecem silenciosos.

Observe o ruído da cidade. Sim, observe! A observação vai além do olhar. Você também pode observar ouvindo, também pode observar sentindo. É o carro de som com uma mensagem repetitiva. É o movimento da rua quando você está em um ambiente bem movimentado. É o ruído do vento, dos pássaros, da natureza que está no meio da cidade quando você entra em uma rua mais tranquila. Em todo lugar, há um ruído. O silêncio absoluto não existe. São esses os ruídos que fazem parte do meu processo criativo. Ruídos que se escutam, se veem e se ouvem de todos os cantos, até mesmo da tranquilidade de uma rua residencial.

Preste atenção nos ruídos. Eles fazem parte do cotidiano da cidade até mesmo quando tudo parece estar tranquilo. Nada é completo sem eles. E são esses ruídos que fazem parte do meu processo, na caracterização do cenário que eu me acostumei a estar desde que eu nasci. Sou assim, urbano, parte da cidade, movido ao movimento, a alma da cidade, sempre disposto a encontrar um lugar nela onde quer que eu possa estar. Os ruídos que a gente vê, que a gente ouve, que a gente sente, são parte dessa natureza e dela são inseparáveis. E também fazem parte dessa fonte intensa de inspiração que é a cidade onde a gente vive.

O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.

Compartilhe
FacebookXThreadsLinkedInBlueskyWhatsAppCopy LinkShare
Avatar de Josivandro Avelar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Antes de deixar o seu comentário, leia a Política de Comentários do site.

Assine A Luneta

Receba os posts do site em uma newsletter enviada às segundas, quartas e sextas, às 8 da manhã.

Junte-se a 10 outros assinantes
Sair da versão mobile