Consegui atravessar o mês de abril inteiro em casa. Recluso só fisicamente, mas aberto, conectado sempre e disposto a aprender coisas novas, como tenho feito nesses últimos dias. Esse é o meu cenário de maio. Do maio que vou encontrar aqui dentro de casa.
Não é mole, mas é a vida. E a pandemia.
Nesse meio tempo aprendi coisas novas – até mesmo ir um pouco mais além como sempre – e ainda escrevi vários rascunhos, talvez escrevendo tudo aquilo que eu não escrevi esse tempo todo. Tirando um pouquinho o atraso de tempos!
O tempo eu tiro para aprender alguma coisa nova que possa agregar nesse novo momento, alguma experiência nova que eu possa aproveitar, alguma história nova que eu possa produzir.
Até um tempo desses, estar em casa era ruim para ir atrás das histórias, afinal, o mundo se move lá fora, o que eu iria contar? De repente, esse mesmo mundo parou. E será que ainda vai existir para justamente contar história?
Mas aí eu aprendi que eu mesmo posso escrever o que eu vejo daqui de dentro. E saber conduzir a minha própria história, minha própria identidade.
Se tudo passa? Vai passar. Até lá, vamos a mais uma fase. Não tá mole, mas tô levando da maneira que eu posso. É importante aprender coisas novas e ir incrementando ao que já construí ao longo do tempo.
O meu cenário de maio eu mesmo vou construindo. Não sei como, mas tô construindo.
Construindo o meu próprio cenário de maio.