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Novos sonhos serão possíveis

O que hoje em dia não pode ser feito no ambiente, que será possível depois da mudança?

O que hoje em dia não pode ser feito no ambiente, que será possível depois da mudança?

Pergunta feita por este editor

Há quase 30 anos, eu durmo no mesmo quarto. Ok, isso não vai mudar em termos territoriais, porque o quarto que eu vou ter é o quarto que eu já tenho, com a diferença de que o meu irmão vai desocupar o quarto e vai passar para o quarto ao lado. Há quase 19 anos, eu durmo em um beliche, na parte de cima, que é uma das coisas que mais me incomoda. Nunca gostei de beliche. Mas eu tinha que aguentar, afinal, era o que tinha, ou melhor, é o que tem, porque a mudança ainda vai acontecer. A beliche já está com o seu destino selado quando for desmontada e dar lugar a minha cama: uma casa de praia que um vizinho meu tem. Abrindo espaço para novos sonhos. E novos sonhos serão possíveis depois que tudo isso estiver pronto.

Ninguém deveria se preocupar se eu consigo dormir sozinho. Essa é uma das perguntas mais inúteis que se faz para uma pessoa com 36 anos de idade que é independente e pode fazer o que quiser, até morar sozinho se eu tivesse condições de ter uma casa. Enquanto isso não acontece, ter um quarto próprio é um começo. Mas hoje, tudo o que eu tenho é uma parede. A mesma parede que você vê todo fim de semana quando eu mostro os desenhos. E que é verde-piscina, uma cor que eu não me agrado tanto, por isso pedi que pintassem as paredes de azul quando o quarto for readaptado, já que haverá a necessidade de reformar a parede atrás do guarda-roupa, que será desmontado, talvez vá pegar a estrada também.

Mas a cor das paredes está nelas, é parte da história, quando eu tiver o controle do ambiente, será mudada. Essa já é a primeira das coisas possíveis quando o quarto for totalmente meu: ter autonomia para fazer o que quiser nas minhas paredes, até mudar a cor delas para a que eu quiser. Quis que as paredes fossem azuis pelo fato de haver um outro quarto em casa com a mesma cor de parede, bem como eu queria que a cor que me identifica nela estivesse. A porta de madeira, que é uma coisa tão comum, foi outro objetivo que eu queria e já foi atingido: até então era uma porta de vidro, que eu queria me livrar por conta de acústica, privacidade e liberar o espaço de uma parede, que era perdida por conta da porta ser corrediça.

Dividir um quarto não me permite várias coisas. Uma delas é centralizar o meu trabalho em um único ambiente, visto que eu gosto de espalhar as coisas por todos os cantos. É a característica de uma pessoa bagunçada? Talvez. Mas não me chamem de pessoa bagunçada em uma situação assim. No meu caso, é porque eu ainda não posso trocar a minha mesa de trabalho. E eu preciso que todos os espaços do quarto estejam disponíveis para que eu realize trabalhos maiores. Mesmo que eu troque a mesa, que é uma coisa que está nos meus planos, mas a prioridade de momento é fazer as devidas adaptações no quarto. Primeiro você começa, depois você melhora.

Pode até ser que eu arrume uma mesinha de apoio para realizar os trabalhos em outro canto do quarto, por exemplo. Posso organizar cenários, gravar vídeos sem interrupções, fazer lives das artes, que é uma demanda mais do que necessária, tirar tempo para estudar e fazer cursos, que era uma coisa que eu queria fazer, mas eu não posso nesse momento porque o ambiente atual não me oferece privacidade, coisa que um quarto próprio já permite. O que virá por aí vai abrir espaço para a realização de novos sonhos. E o que hoje eu não consigo fazer por causa da falta de espaço e de privacidade, será possível nos próximos dias, quando eu tiver o quarto só para mim.

O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.

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