Image

Mudei sem me mudar. E viajei no tempo sem sair do lugar

Nunca me mudei. A cidade mudou. As condições melhoraram, a vida mudou. Mudei sem me mudar. E viajei no tempo sem sair do lugar.
,

Imagino que neste instante eu viajei no tempo para o ano que eu nasci – 1988 – veria uma cidade cheia de Fuscas, Brasílias e umas Chevettes perdidas. Naquele conceito de “o lugar onde você vive é onde você se identifica”, eu nasci no bairro do Tambiá porque a maternidade onde eu nasci fica lá (até hoje). Mas há 33 anos moro no Rangel (nome oficial, Varjão, mas quase ninguém chama o bairro pessoense entre Jaguaribe, Cruz das Armas e o Cristo Redentor por esse nome). Devo ter vindo para cá a bordo de algum Volkswagen.

Há 33 anos vivia numa casa de taipa ao lado de várias outras casas de taipa em uma rua que não era calçada. Hoje vivo numa casa confortável na medida do possível, ao lado de outras casas confortáveis na medida do possível, numa rua calçada. E eu falo da mesma rua. Ela muda em 33 anos.

Nunca me mudei. A cidade mudou. As condições melhoraram, a vida mudou. Mudei sem me mudar. E viajei no tempo sem sair do lugar.

E por mais que existam pessoas que queiram dar passos atrás, eu vou andando para frente. Mas se tiver que olhar para trás, não trago a saudade, trago experiências. Quem não estava ansioso para ser adulto no início da década de 1990?

E quantas coisas que hoje são rotina nas nossas vidas não eram luxo naquela época? Computadores eram coisas inimagináveis de chegar na sua casa. Hoje você tem computador, celular – em breve um tablet – e se comunica daqui mesmo. Daquele mesmo lugar que outrora fora taipa.

A vida vai melhorar. E parece até loucura dizer isso nos tempos de hoje. Não dá mais para voltar no tempo para reverter o que vivemos hoje. Por isso, o que a gente constrói hoje, reflete lá na frente.

Inspirado no desafio Bloganuary do WordPress.com

O tema do vigésimo primeiro dia é “Se você pudesse, para que ano você viajaria no tempo e por quê?” Viajei para 1988, o ano em que eu nasci, 10 dias antes da promulgação da atual Constituição brasileira.

Compartilhe este post nas redes sociais
FacebookXPinterestLinkedInTumblrThreadsBlueskyMastodonPocketRedditWhatsAppTelegramEmailCopy Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Antes de deixar o seu comentário, leia a Política de Comentários do site.

Sair da versão mobile