Minha identidade nas minhas artes

Por mais que a gente aprenda as técnicas da arte, a gente se firma pelo estilo das coisas que a gente faz. Não consegue, de certa forma, aprender a fazer as coisas dentro de um padrão. Essa que é a mágica das coisas: quando você faz as coisas do seu jeito, as pessoas notam, e olha que eu me considero meio mutante em termos de estilo, isso quando eu vejo as minhas artes digitais, da mais antiga para a mais nova. O quanto o meu estilo de arte começou de uma maneira praticamente primitiva até atingir o estilo de hoje. Esse meu estilo ainda pode mudar, é verdade. Mas que ainda vai ter um pouco das minhas impressões digitais.

Eu trabalho tanto com artes tradicionais, aquelas que eu faço no papel ou na tela, usando tintas, lápis, giz, como com artes digitais, no computador ou no tablet. Antes mesmo de ter um computador, queria fazer desenhos digitais e tinha estabelecido isso como uma meta sem imaginar se eu realmente iria cumprir. Dito e feito: desde os tempos de Paint nos computadores da escola onde eu fiz a quarta série em 2001, eu já sabia que queria fazer coisas melhores se eu tivesse mais tempo. O computador de casa chegou em 2008. E naquele computador que a família inteira dividia, eu fiz as minhas primeiras artes digitais: as paisagens na janela, que foram as primeiras a entrar no ar aqui no site no final daquele ano e no início do ano seguinte.

Depois, a minha arte digital foi se convergindo para o universo da identidade visual, com o uso de programas como o PhotoScape, e quando eu passei a fazer Publicidade e Propaganda, foi evoluindo com programas ainda mais profissionais. Passei a utilizar o pacote da Adobe e fui fazendo ainda mais coisas incríveis. Se eu poderia trabalhar com logotipos? Descobri isso ali. Mas eu queria também poder trabalhar com a arte que eu já sabia fazer neles. E eu consegui. O tempo passa e eu ainda acredito que eu posso conseguir mais, uma vez que os programas evoluem, a tecnologia evolui, tudo evolui. Até mesmo o próprio modo de fazer artes tradicionais.

E por que eu digo isso? Porque não importa o programa que você use ou a técnica que você empregue, você está imprimindo a sua identidade nas coisas que você faz. Por mais que as coisas pareçam iguais, ali tem um pouquinho de você, na escolha das cores e das formas, na técnica que você utiliza para fazer a sua arte, em vários aspectos que fazem com que o seu projeto crie uma identidade própria, não importa onde você faça. E tudo isso por mais que identidades visuais pareçam iguais, que as pessoas nunca descubram quem fez pelo estilo, por tantas coisas que fazem que as pessoas notem: foi você quem fez aquilo ali.

A sua identidade faz com que as suas artes sejam únicas. E a sua identidade é um componente importante para a autenticidade de uma arte, de um projeto que você faz, de uma identidade visual, de um logotipo. É a sua identidade que faz com que os seus projetos sejam reconhecíveis, assim como o estilo que você cria e que faz as pessoas se lembrarem de você quando elas veem o resultado no site, nas redes sociais, na parede do meu quarto ou em algum mobiliário urbano por aí. E eu consigo empregar essa identidade tanto usando linhas e formas no lápis e papel, quanto pixels e vetores no computador ou tablet.

É assim, fazendo a minha arte, dentro do meu estilo e com a minha identidade, que eu me sinto bem e é assim que eu imprimo o meu jeito de fazer. E é assim que as pessoas me reconhecem. Ou que eu gostaria que me reconhecessem. Como alguém que transforma linhas, formas e cores em arte, uma arte mais visceral, uma arte mais incisiva, uma arte que faça com que as pessoas parem, pensem e reflitam o mundo que está ao redor delas, e que muitas vezes elas não prestam atenção, por conta da correria, da rotina e muitas vezes falta de tempo, coisas que também acontecem comigo. E só de conseguir esse impacto, eu tenho conseguido atingir a minha meta.