Há exatos dois meses, uma tubulação da Cagepa se rompeu num trecho da já sofrida rua Rafael Mororó, uma colcha de retalhos do Rangel. A rua ficou inundada em plenas nove horas da noite.
Essa história nós já contamos aqui com uma série de fotos que entrou no ar momentos depois do estouro do cano. O resultado não poderia ser outro: uma madrugada inteira sem água.
A tubulação foi consertada no dia seguinte, e já ao meio-dia do dia seguinte a água voltou às torneiras do bairro.
Eu achei que o cano estava resolvido, até coloquei isso no título da matéria. Quis acreditar na Cagepa e… Quebrei a cara.
Acontece que o problema não terminou aí. Dias depois do serviço da foto acima, a tubulação voltou a apresentar problemas. O que pode ter sido supostamente uma rachadura ou furo num dos canos recém-substituídos virou uma verdadeira mina d’água. O cano foi consertado uma segunda vez. E a mina voltou.
Agora, a Cagepa consertou a tubulação pela terceira vez – pode pedir música no Fantástico. Não está mais minando água. Só faltou mesmo consertar o calçamento.
A Rafael Mororó é uma colcha de retalhos em forma de rua. A via, que atravessa as três principais ruas do Rangel, é um corredor de passagem de carros e caminhões que fazem entregas para os supermercados da rua. Nos últimos anos, várias tubulações da companhia de água já estouraram e o calçamento apresenta desgastes. Além das trapalhadas da Cagepa, a Prefeitura também não colabora quando faz paliativos na via, e o resultado é que ambos os órgãos transformam a rua numa verdadeira colcha de retalhos, onde o calçamento original, de paralelepípedos, é todo remendado por asfalto.
Ao invés da via ser asfaltada de uma vez, já que virou rota de caminhões pesados, a via recebe remendos de asfalto à prestação. E assim mais um buraco surge para ser no futuro tampado.