Image

EU DISSE QUE SERIA UM DESASTRE

E a resposta de todos para quem eu perguntei sobre como foi o esquema de mobilidade urbana do réveillon de […]
, , , , ,

E a resposta de todos para quem eu perguntei sobre como foi o esquema de mobilidade urbana do réveillon de João Pessoa foi exatamente essa: o esquema foi um desastre.

507 salva a pátria

Só não foi um desastre completo porque a empresa Marcos da Silva cumpriu com a obrigação que lhe fora confiada. Tanto que as pessoas ouvidas pelo Blog Josivandro Avelar disseram só ter visto 507 nas ruas. Volta e meia dava para se ver um carro de outra linha passando na Epitácio.

A Semob fez um esquema que em nada ajudou quem saiu de sua casa para comemorar a virada do ano no Busto de Tamandaré. Escalou errado determinadas linhas. E nem preciso dizer que o reforço escalado para o corredor 2 de Fevereiro foi IN-SU-FI-CI-EN-TE.

Foi escalado como reforço a linha 204, o qual era desnecessário já que a linha atende somente o bairro do Cristo, enquanto o 5204 atende a área próxima do evento e não teve reforço algum. O 203 só ia ser usado por meia dúzia, já que em Mangabeira as linhas do Shopping foram escaladas. E quem teve a ideia de escalar o 2501 deveria pensar como é que os moradores da São Judas Tadeu iriam voltar para casa depois do evento, já que a linha 5201 também não teve reforço algum. As três linhas direcionariam TODOS os passageiros do Cristo/Rangel para o Terminal de Integração, sobrecarregando as linhas que iriam diretamente para lá (507 e 510) recebendo uma demanda que, por conta da existência de uma linha que foi ignorada pelo órgão de mobilidade (5204), poderia nem estar nos ônibus dessas linhas. Ou seja, ao passageiro do Cristo/Rangel a Semob literalmente deu um grande estímulo. A usar o transporte individual.

Um dos moderadores do Portal Ônibus Paraibanos estava lá e pôde constatar tal desastre do reforço de mobilidade. Transcrevemos o seu relato e adaptamos para que você possa entender melhor todo o esquema de mobilidade que foi feito para o evento da praia.

O moderador do Portal Ônibus Paraibanos passou o réveillon num restaurante em Tambaú, e  como ele ia certo para beber, deixou o carro em casa e apostou no táxi para seu retorno. Saindo do local por volta das 2 da manhã para procurar táxi, pois as centrais estavam congestionadas e quando conseguia ligação tinha uma fila grande de espera, além de não atenderem Tambaú e Cabo Branco. Só conseguiu pegar táxi as 4 da manhã, neste intervalo ficou na casa de um parente de uma amiga em Cabo Branco, justamente em frente ao local em que os ônibus da empresa Marcos da Silva estavam com o terminal provisório.

A Marcos da Silva está de parabéns, o esquema foi observado in loco… Não deu para contar quantos foram, mas os atuantes eram o 0920, 0921, 0932, 0934, 0935, 0965, 0969, 0970, 0971, 0972, 0973, 0974, 0976, 0979, 0980, 0981, 0982, 0983, 0991 e 0992, pelo que foi visto (ele viu 20 carros, essas são as numerações dos mesmos). A cada 5 minutos partiam do terminal provisório nas proximidades do posto de polícia de Cabo Branco, e não demoravam muito para retornar. Praticamente lotavam na Avenida Epitácio Pessoa e seguiam como expresso ao TIV. O desembarque dos que vinham do TIV acontecia neste lugar improvisado.

Poucos Unitrans e Santa Maria estavam rodando, e com o agravante dos 0757 e 0771 rodarem. A Semob não tinha proibido carro na configuração e categoria “micrão” (carros que rodam somente com motoristas, sem cobradores. As numerações mencionadas acima eram de carros nessa configuração) de rodarem no reforço? Ou a regra dos anos anteriores foi revogada? Boa parte dos que chegaram na Epitácio Pessoa estavam superlotados. Só vi o 07146 que estava na 5100 começar a viagem dali.

Ônibus insuficiente e esquema de táxi um fracasso. Só a MDS se sobressaiu. Fizeram uma grande propaganda para irem de transporte público a orla, mas dessa forma? Só indo de carro mesmo e deixar alguém de fora sem beber, e claro, torcer para o carro não ser furtado. Infelizmente isso foi presenciado.

Não faz tempo que avisamos que se a Semob mantivesse esse esquema ultrapassado de transporte, a mobilidade dos eventos do Busto de Tamandaré seria um desastre. A Marcos da Silva literalmente carregou a demanda toda do evento nas costas. A lógica de operação da Marcos da Silva foi racional: mais carros, mais oferta, mais divisa.

Já quanto a Unitrans, é exatamente o contrário, tirando a parte do “mais divisa”. Não colocaram muito ônibus, e não preciso nem comentar a respeito do Rangel.

Esperamos que nos próximos eventos do Busto de Tamandaré possamos ouvir relatos completamente diferentes dos leitores. Mas pela vontade de quem gere a mobilidade urbana da cidade, já vi que será a mesma coisa.

Compartilhe este post nas redes sociais
FacebookXPinterestLinkedInTumblrThreadsBlueskyMastodonPocketRedditWhatsAppTelegramEmailCopy Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Antes de deixar o seu comentário, leia a Política de Comentários do site.

Sair da versão mobile