Elementos visuais para reconhecer no futuro

A minha identidade visual foi criada para ser lembrada no futuro. É assim com a luneta de um planeta que representa este site desde 2017; é assim com a paleta de cores desenvolvida em 2019 e que até hoje eu uso; o que eu fiz em março foi inverter a prioridade das cores e aproveitar todas elas no formato de paletas sazonais, onde as cores passam a remeter a períodos de produtividade. Durante os meses de rotina, você vê este site na cor azul pastel, mas no mês que vem, você verá em tom vermelho pastel, assim como você viu este site em amarelo pastel em junho. Tudo construído com bastante estudo e paciência, afinal, esta é justamente uma marca que se desenvolve ao longo dos anos.

Criei a luneta em traço simples para servir para toda e qualquer aplicação possível, pois eu entendo que nos tempos de hoje, que nos obrigam a pensar mais rápido, marcas cheias de detalhes seriam as mais difíceis de serem lembradas. Você não conseguiria lembrar em detalhes de uma marca em 3D ou cheia de volumes, mas conseguiria lembrar de uma marca cujo conceito é exatamente esse: o de ser lembrada, o de estar em todos os momentos, o de ser um ícone que vá além dos meus projetos. Talvez eu queira tatuar essa marca um dia, um modo de levar a marca comigo para sempre. Eu vou criar essa coragem.

Para cumprir o objetivo para o qual eu queria criar a luneta de um planeta, o que eu fiz? Primeiro, me acostumar a ideia, afinal, eu estava saindo de um balão que eu tinha modificado há algum tempo e que a princípio era a marca que criei para o projeto de TCC. Queria criar uma marca que simbolizasse o meu projeto em uma nova fase profissional, como a que eu estava vivendo naquele ano de 2017, e que segue sendo assim até hoje. Marcas mudam por coisas revolucionárias. Marcas podem exibir a revolução. E quando ela acontece, as mudanças são mais profundas de serem notadas de maneira visual. E o que eu fiz?

Então eu quis criar uma marca que fosse adaptada a qualquer condição e a qualquer tendência de momento, uma marca atemporal, que por si só comunicasse que esta é uma ferramenta de observação sustentada por um tripé editorial. Como um meio de observação que pode se aplicar a todos os momentos, a todos os fundos, a todas as possibilidades que a marca permite. Queria que essa fosse uma marca de todos os momentos e todas as tendências, a marca que liga todas elas. Por isso ela é uma marca sem firulas, direto na mensagem que quer transmitir, de ser o meu ponto de observação apoiado em um tripé: arte, cidade e comunicação.

Criei elementos visuais para serem reconhecidos no futuro, e é assim que eu trabalho as minhas marcas. Porque eu entendo que marcas são aquelas que foram feitas para durar e atravessar as fronteiras do tempo. Com a 612 foi assim, e ainda que o projeto hoje seja a minha “personalidade jurídica’, a marca nunca mudou. Fiz outras marcas que sobreviveram ao tempo. E essa retomada com as identidades visuais é inspirada nisso: nas marcas que sobrevivem ao tempo e são modernas conforme o tempo passa. Como eu fiz comigo mesmo. Como eu fiz em outros tempos. Como eu quero voltar a fazer. E pode crer, assim será.

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