Como já falei em várias oportunidades por aqui, tem chovido de vez em quando na capital paraibana. E não é para menos: estamos no período de inverno, e as chuvas são típicas dessa estação do ano. Embora todo mundo saiba disso, a cidade parece nunca estar preparada para as chuvas que sempre caem a todo inverno. Aliás, não parece, não está preparada mesmo para as chuvas. E para constatar o que estou dizendo é muito simples: basta pegar um guarda-chuva e andar nas ruas, se isso for possível por conta justamente dos transtornos.
A palavra “Chuva” já foi mencionada por mim em treze postagens até agora na história do blog, mas em oito delas foi o assunto principal. Em uma dessas postagens, de título Andando na Chuva, já havia escrito:
Hoje de manhã pude ver os problemas que uma chuva como a que caiu nesse período pode causar, principalmente em um bairro sem galerias, onde as calçadas ficam intransitáveis. As ruas que não possuem calçamento viram verdadeiros rios, com correnteza e tudo, daqueles em que você pode fazer um barquinho de papel e fazê-lo navegar movido pela correnteza. Mas pelo menos com margens. Sem contar que várias esquinas viraram verdadeiras lagoas. (…)
Andando na Chuva, publicada em 19 de maio
Aqui na área onde moro, por exemplo, quase não há galerias pluviais, embora a rua não sofra com alagamentos, porém aqui na esquina, inclusive numa ocasião anterior já citei isso, apenas as calçadas aparecem. Como o calçamento da rua (me referindo a Jornalista Rafael Mororó, no Rangel, que faz esquina com minha rua) é mais baixo do que a calçada, ou melhor, é mais baixo do que deveria ser, a água se acumula. E os problemas também, É evidente que água empoçada é água parada, criatório perfeito para mosquitos como o da Dengue, o famoso Aedes Aegypti. Pelo menos, até onde sei, ainda bem que casos da doença nunca foram registrados nessa rua. E o problema é bem antigo, conforme já foi escrito em março:
Só que alguns lugares da cidade parecem não estar preparados para chuvas fortes, que dizem que vem vindo por aí. Nota-se a falta que faz um bueiro (desde que você não jogue lixo nele). Na 2 de Fevereiro, uma das calçadas ficou toda tomada pela água, e em uma outra rua, a rua Jornalista Rafael Mororó, o trecho que fica em frente de uma sucata fica parecendo mais uma lagoa. Era água de uma calçada a outra. Nessa hora, é muito difícil atravessar a rua por conta do acúmulo de água.
Águas de Março, escrita, é claro, no dia 3 de março.
É claro que problemas de alagamento não são exclusivos desse local que citei hoje, e nas águas de março que fecharam o verão. Alagamentos acontecem em vários pontos da cidade.
E, andando mais um pouco, até um cartão-postal como a Lagoa sofre com esses problemas de alagamento. É só dar uma chuva mais forte do que a de ontem para a Lagoa transbordar a ponto de chegar até a pista. Parecia que com as obras realizadas ali o problema seria minimizado, mas não conseguiu ainda resolver o problema dos alagamentos. As várias galerias pluviais que existem ali estão entupidas, como aliás muitas galerias pluviais (os famosos bueiros) da cidade.
Na maioria das vezes essas galerias estão entupidas pelo lixo que muita gente insiste em jogar ali. Ou seja, não é apenas por falta de manutenção que as galerias entopem. Isso passa também por uma questão de educação e consciência. Ou seja, vale uma coisa que já disse e não faz mal repetir: é importante lembrar que não se pode jogar lixo nos bueiros e galerias pluviais.
A Defesa Civil da capital segue monitorando as áreas de risco, locais onde as pessoas construíram casas em cima de encostas, que com a chuva podem deslizar e, evidentemente, provocar prejuízos a quem mora nessas áreas. Graças às medidas de prevenção tomadas pela Defesa Civil Municipal em relação as áreas de risco, problemas mais sérios não aconteceram nesses últimos anos.
Ou seja, consciência é fundamental para que as chuvas não causem problemas em cidades grandes como João Pessoa. Depende de investimentos para a construção de galerias pluviais, melhoria das condições de quem mora nas áreas de risco, oferecendo moradias seguras, e também da consciência da população não jogando lixo nos rios e nos bueiros que já existem, e que não parecem dar conta das chuvas que caem na cidade. Assim você pode aproveitar a chuva sem problemas. E sem esquecer do guarda-chuva.
cada dia uma supresa nesse blog. seus posts sao de deixar qlq um bokiaberto. esse texto merece nota 9,85. dificilmente eu dou 10,00 para alguem, pq ninguem eh perfeito. apenas quero te fazer uma correçao. o nome Aedes Aegypti esta escrito de forma incorreta. o correto seria Aedes aegypti. o segundo nome, o epiteto especifico, deve ser escrito com inicial minuscula. a escrita em italico te dara os 0,05 q faltam para completar o 9,90. a cada dia vc me surpreende com seus textos. parabens! eu sinto um prazer enorme em ler seus texots. sucesso!
Júnior, obrigado pelo comentário! Às vezes a gente comete alguns deslizes, mas pelo menos esse está perdoado, espero que da próxima vez me lembre, até porque foi uma coisa que aprendi em Biologia ano passado…