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A Internet deu as pessoas o poder de serem produtoras e difusoras do conteúdo que produzem. Deu o poder das […]
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A Internet deu as pessoas o poder de serem produtoras e difusoras do conteúdo que produzem. Deu o poder das pessoas de formar e difundir as suas opiniões. O poder de elogiar e de contestar. O que é simples torna-se relevante. E o que é habitual passa a ser questionado.


Há algum tempo eu estava pensando em escrever sobre isso; rede social, o comportamento e a influência que elas exercem sobre as pessoas. E como elas se transformaram na amplificação de sua voz. Não apenas daquilo que você sempre pensa desde criança; mas também de seus pensamentos de relance. O que você vê de interessante é o que você acaba compartilhando. Há muitas coisas interessantes nas redes sociais, há. Mas há também cada coisa que em nada combina até com as pessoas que eu conheço. Histórias que parecem passar despercebidas em outras mídias se tornam o máximo no Facebook.

Sim, o Facebook. Vamos usar essa rede social pela sua difusão e amplitude. Nem me lembro quando foi que postei minha primeira arte virtual aqui no blog, mas por ali pude ter uma noção que eu não era o único lunático que colocava palavras soltas em imagens e às publicava à toa, se é que vocês me entendem.

A revolução da informação dessa rede para mim não começou no “Like”, ou Curtir, botão que se tornou símbolo dessa rede social. As pessoas não estão satisfeitas em apenas gostar daquilo que você publica. Elas querem ir além. Querem compartilhar. Desde que o Facebook criou o dispositivo de compartilhamento (share) que muitas páginas de informação se difundiram. Muitas artes passaram a ser públicas. Muitas frases simples ganharam o status de frase de efeito na rede. São artistas anônimos, dos quais ninguém sabe quem são e de onde geram conteúdo. De onde eles falam, ninguém sabe. Você pode estar passando por algum superpoderoso da “new media” e nem percebe.

As pessoas postam suas expectativas e realidades; os pontos de vista diferentes de alguma coisa, tudo aquilo que se identifica com as suas vidas longe dos computadores. Outros até postam frases no estilo do “Uma frase Ilustrada”, uma coisa a qual já vinha desenvolvendo aqui no blog antes desse boom do “share” do Facebook. Bem diferentes. E até melhores, na realidade. E extravasam seus sentimentos se possível. Hora e outra tem sempre alguém que faz da sua linha do tempo o muro das lamentações (ou um consultório sentimental ou psicológico). Há aqueles também que tem o seu lado ativista, mesmo que de ocasião. Principalmente aquelas mensagens por mais educação (se bem que isso também parte de nós mesmos). Outras criticando o país onde vivem (como se o resto do mundo fosse um mundo à parte). Enfim, as pessoas sempre tem algo a dizer.

Algumas dessas coisas são raras de aparecer em minha linha do tempo. Uma questão de seletividade na vida virtual. Eu não consigo me identificar com algumas imagens. Porque grande parte das coisas que penso e como ajo do mesmo modo que outras pessoas aos que me seguem não parecem interessar. Tanto é que sempre foco no conteúdo próprio: imagens, status, e o material do blog. Quem tem o que produzir quer mostrar. É lógico que esse posicionamento não é exclusivamente meu; muitas pessoas também tem algo a produzir e mostrar. Procuro colocar em rede social os meus sentimentos, sim. Mas procuro expressar de modo que eu possa colocar a minha criatividade em prática criando o meu próprio material, o que está aqui e é transferido para lá.

Como também é certo que algumas coisas começaram a ficar insuportáveis nas redes sociais. Quem as constrói somos nós mesmos, mas tem momentos que a gente acaba exagerando. Em frases e situações as quais você poderia perfeitamente deixar passar. Eu tenho a minha maneira de pensar, e sei que isso vai de encontro ao que grande parte das pessoas pensam. Você pode não concordar com tudo o que digo, mas respeito suas opiniões e defendo o seu direito de dizer, a famosa máxima voltariana.

E você pode usar e abusar da criatividade no momento de exprimir os seus sentimentos, pois tudo é mensagem. Só não pode abusar da persuasão. Esse é um argumento delicado de ser usado, já que trata-se do poder do convencimento. E o excesso da persuasão acaba não convencendo claramente a mensagem; compartilhar por compartilhar difunde a mensagem de uma maneira muitas vezes errada. Analise o conteúdo antes de apertar o botão de “Compartilhar”. Nem tudo pode ser real no mundo virtual. Ali está a tradução do que se entende o que seja a liberdade de expressão. Use e abuse da criatividade, mas a liberdade tem o seu limite e o seu cuidado. Não se esqueça que tudo tem dois lados.

Se você pensa do mesmo modo, fique à vontade para compartilhar. Sem excesso de persuasão, please.

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