Conectando a comunidade

Se tem uma coisa que pode me conectar a comunidade e trazer um senso de pertencimento que nenhuma outra coisa pode me trazer, é um projeto visual. Ele te conecta com as pessoas da maneira mais objetiva e direta possível, porque as pessoas não vem até mim ver as minhas obras: eu estou no caminho delas e elas não necessariamente precisam ver, a não ser que de certa forma elas sejam impactadas pelas marcas, como no caso dos públicos-alvo dos projetos que eu participar. Se tem uma coisa que eu gosto é de criar coisas que muitas vezes não tem nada a ver uma coisa com a outra: uma loja de rações a uma loja de materiais de construção, ou um salão de beleza a uma academia.

Quando você cria coisas que conectam a sua arte com a comunidade, você se vê imerso naqueles projetos como se fossem seus, mas o que é seu mesmo é a marca que você cria, ao mesmo tempo que é de quem contratou. Ela representa um sonho, um objetivo conquistado, algo que vai começar a entrar em campo e revela a sua identidade através de quem soube interpretá-la. E eu posso dizer uma coisa: criar coisas assim me deixa mais realizado. Porque eu estaria atingindo o meu objetivo ao mesmo tempo que eu interpreto visualmente para as pessoas o objetivo que outra pessoa tem em estabelecer um negócio.

E isso para mim gera conexões reais, ainda que as pessoas não saibam quem criou aquela marca ou aquele projeto de identidade visual que faz com que o negócio se destaque em meio a tantos outros, afinal, quem pede para criar uma marca, pede para criar algo que até pode ser inspirado em coisas que já tenha visto, mas quer reforçar os seus diferenciais e reforçar porque aquele negócio se destaca em meio a tantos outros do mesmo nicho. Criar uma marca é uma responsabilidade muito grande nesse sentido: fazer o cliente se diferenciar, fazer o cliente se destacar, fazer ele estar em evidência no meio de tantas coisas que parecem iguais.

E criar marcas é exatamente isso: criar pertencimento, criar conexão, se inserir no cenário da cidade de uma maneira discreta e ao mesmo tempo em evidência e destaque, afinal, o destaque é o negócio, o destaque é quem empreende. É como você ver aquilo todos os dias e se sentir realizado no sentido de que aquilo está na rotina das pessoas. Esse é o meu principal objetivo. E estar inserido na comunidade traz essa sensação de pertencimento, ao mesmo tempo que você passa a pertencer a vários lugares ao mesmo tempo, não só aquele que você está ou você mora. A criação de identidade traz essa sensação para mim.

Cada um tem os seus objetivos de criar, e esse é o meu. O de não ser somente sobre mim. O de lançar luz a ideias incríveis, que querem se destacar e serem diferentes de tudo, afinal, em meios concorridos, o visual é uma das coisas mais fundamentais. E investir em identidade vale a pena quando você quer se destacar e se posicionar no mercado e na própria comunidade. Quando eu digo que eu não queria que minhas artes se resumissem a paredes de exibição, falava sobre o fato de gerar conexões reais, de serem coisas que fizessem parte da rotina das pessoas, do cenário da cidade. Vocês vão me ver muito falando sobre isso.

Compartilhe