Image

Bem-vindo de novo: o que mudou em 17 anos de observação contínua

O Site Josivandro Avelar completa 17 anos. Um olhar sobre o que mudou desde 2008, do blog pessoal ao ecossistema criativo baseado em arte, cidade e comunicação.

Em dezembro de 2008, o “bem-vindo” era quase um pedido de licença. Um adolescente, uma página no Orkut pequena demais para sonhos grandes, a vontade urgente de escrever, opinar, ouvir. O texto inaugural do então Diário do Josi não prometia método, estratégia ou calendário editorial. Prometia curiosidade. Prometia presença. Prometia troca.

Dezessete anos depois, o “bem-vindo” não pede licença. Ele abre a porta.

O site que nasceu como blog atravessou plataformas, tecnologias, mudanças de nome, de identidade visual, de foco e de maturidade — mas nunca abandonou a ideia central: observar o mundo com atenção e devolver isso em forma de conteúdo, arte e comunicação. Nenhuma folha arrancada. Nenhum post fora do ar. Nenhuma ideia desperdiçada.

O que mudou, afinal?

Mudou quase tudo — e, ao mesmo tempo, o essencial permaneceu.

Do sonho de jornalismo à publicidade como linguagem

Aquele jovem que queria ser jornalista se formou em publicidade em 2013. Não foi uma desistência. Foi um desvio inteligente de rota. A publicidade entrou como ferramenta, não como filtro. Entrou para organizar ideias, dar estratégia ao impulso criativo, transformar opinião em linguagem, e linguagem em sistema.

Hoje, o site não apenas publica textos: constrói narrativas, articula identidade visual, experimenta formatos, testa plataformas, cria marcas, séries e projetos editoriais que conversam entre si. Comunicação virou campo expandido. A escrita continua ali — agora acompanhada de design, planejamento, ritmo e intenção.

De um blog pessoal a um veículo independente

Em 2008, bastava publicar. Em 2025, é preciso sustentar presença.

O site deixou de ser apenas um blog e passou a se assumir como o que sempre foi na prática: um veículo de comunicação independente, produzido integralmente por uma pessoa, mas pensado como algo maior que o “eu”. São mais de 9.730 posts, distribuídos em centenas de categorias e tags, formando um arquivo vivo do cotidiano, da criatividade e da cidade.

Aqui, o conteúdo não desaparece no feed. Ele fica. Ele cria lastro. Ele constrói memória.

O tripé que sustenta tudo: arte, cidade e comunicação

Com o tempo, ficou claro que havia uma estrutura invisível sustentando tudo. Ela ganhou nome, forma e símbolo.

Arte, como campo de experimentação. O desenho, o cartaz, a tipografia, a imagem que fala antes do texto. A arte aqui não é adorno — é pensamento visual.

Cidade, como matéria-prima. João Pessoa não é pano de fundo, é personagem. O bairro, a rua, o transporte, o cotidiano, o detalhe que passa despercebido. O site observa a cidade como quem pertence a ela — e a comunica como quem quer transformá-la.

Comunicação, como ponte. Entre ideias e pessoas. Entre criação e compartilhamento. Entre o que é íntimo e o que é coletivo. Comunicação aqui não é ruído, é construção de sentido.

Esse tripé sustenta a luneta — símbolo de quem olha para longe sem perder o chão.

Da escrita solta ao ecossistema integrado

Hoje, o site não existe sozinho. Ele conversa com redes sociais, vídeos, podcasts, web stories, newsletters e projetos paralelos. Um conteúdo puxa o outro. Um formato reforça o outro. Nada é aleatório.

Existe rotina. Existe agenda. Existe estratégia. Mas existe, acima de tudo, vontade de continuar curioso.

O “todo dia um assunto diferente” virou método. Virou compromisso. Virou identidade.

O que não mudou — e nunca vai mudar

Não mudou a necessidade de expressar.
Não mudou a vontade de compartilhar.
Não mudou a abertura ao diálogo.
Não mudou o olhar inquieto.
Não mudou o compromisso com a continuidade.

O “seja bem-vindo” de 2008 dizia: “você também é parte integrante dele”. Isso segue sendo verdade. Quem lê, comenta, compartilha, acompanha — ajuda a sustentar esse projeto tanto quanto quem escreve.

Bem-vindo ao agora

Este texto não é um balanço nostálgico. É um marco.

Dezessete anos depois, o site segue sendo diário — não no sentido íntimo, mas no sentido cotidiano. Um registro contínuo do que muda, do que permanece e do que ainda está por vir.

Se em 2008 o diário nasceu porque uma página era pequena demais para sonhos grandes, em 2025 ele segue existindo porque o mundo continua grande demais para ser observado sem método, arte e comunicação.

Então, mais uma vez:

Seja bem-vindo.
O olhar segue atento.
A luneta continua apontada para frente.

Compartilhe
FacebookXThreadsLinkedInBlueskyWhatsAppCopy LinkShare
Avatar de Josivandro Avelar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Antes de deixar o seu comentário, leia a Política de Comentários do site.

Assine A Luneta

Receba os posts do site em uma newsletter enviada às segundas, quartas e sextas, às 8 da manhã.

Junte-se a 9 outros assinantes
Sair da versão mobile