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As crises, um mês depois

Já se passou quase um mês das crises de ansiedade mais fortes. O que mudou de lá para cá em termos de diminuir as crises?
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Já se passou quase um mês das crises de ansiedade mais fortes. O que mudou de lá para cá em termos de diminuir as crises?

Pergunta feita por este editor

Nem parece que um mês se passou dessas crises de ansiedade mais fortes se passaram. Os dias passam num instante, e hoje, me vejo diante do meu quarto, o primeiro que eu posso chamar de meu, porque até então eu dividia. Se antes eu poderia dizer que eu queria ter o meu quarto sem tantas preocupações a não ser aquelas de escola, faculdade, hoje eu tenho num cenário completamente diferente, das pressões do trabalho, das cobranças que eu preciso fazer, enfim, para quem esperava realizar o sonho na infância ou adolescência, realizei aos 36 anos de idade, idade que eu deveria sonhar com a casa própria.

Mas tudo bem. O tempo corre na velocidade certa para cada um. E eu nem me preocupo com isso, afinal, se tem uma coisa com a qual eu aprendi a lidar foi justamente com o tempo. A minha idade me permitiria conquistar um monte de coisas que uma pessoa normal de 36 anos conquista. Mas aí eu me lembro que sim, eu sou uma pessoa normal de 36 anos. Uma pessoa normal de 36 anos que daqui a três meses vai completar 37 anos. Mais perto do que longe dos 40, será que você ainda se sente jovem ou sente que está mais perto da velhice? Quero só sentir que o tempo está passando e que a vida segue seu curso, e tá tudo bem.

Um mês depois das crises, posso dizer que sim, está tudo bem agora, apesar de uns percalços e irritações no meio do caminho, que eu queria tanto que não tivesse que passar, mas a gente enfrenta e faz parte da vida. E nesse mesmo meio do caminho, eu pude ter a possibilidade de sonhar e de voar mais alto, do jeito que eu planejei. Mas a gente sabe, e eu sei, que todo caminho não é fácil, todo caminho não é mole, não é sempre que a gente encontra um caminho sem obstáculos, para não dizer que nunca encontra, afinal, a vida não é mole, mas é a vida. É assim que a gente sonha com um ambiente melhor e com um mundo melhor.

Agora que eu não estou mais dividindo o quarto com o meu irmão, eu tenho dormido mais sossegado e enfrentado com mais tranquilidade as crises de insônia, sabendo que tudo o que eu preciso fazer eu deixo para depois que eu dormir, afinal, o “dia seguinte” é o dia de hoje. Afinal, todos nós temos o direito de descansar, não é? Quando você está literalmente no seu lugar, você se sente mais à vontade e com mais liberdade para realizar os seus projetos com mais constância e mais frequência, sem todas as limitações de espaço que existiam antes. Mas sabe que precisa de mais alguma coisa para poder organizar melhor a sua vida.

Um mês depois das crises, tudo o que eu não quero enfrentar por um tempo são elas. E nesse tempo, elas vão se tornando cada vez mais distantes, cada vez mais lembranças de momentos que eu não quero viver tão cedo, mas que precisam ser relembrados justamente para aprender com as crises e ao mesmo tempo ter meios de superá-las. Mas eu não canso de dizer que a ansiedade é um fantasma que me assombra e que eu tenho que manter bem longe de mim, mesmo que esteja dentro de mim. Mas eu não ligo, eu enfrento de frente, e segue o jogo. Afinal, tudo o que eu mais preciso é de tranquilidade para poder tocar os meus projetos com a tranquilidade que eu espero ter. Além da própria possibilidade de sonhar cada vez mais além.

O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.

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