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A regionalidade nos meus projetos

Como os desenhos juninos reforçam a questão da regionalidade nos seus projetos?

Como os desenhos juninos reforçam a questão da regionalidade nos seus projetos?

Pergunta feita por este editor

Dizem que todo projeto que a gente faz é um produto do ambiente onde está inserido. Na verdade, quem está dizendo isso sou eu, eu nunca ouvi mesmo, e se você está lendo esta frase, bem, agora você já sabe de onde ouviu falar. Ok, você está lendo, ouvir é um modo de falar. Mas vamos lá. Se dizem que todo projeto que a gente faz é um produto do ambiente onde está inserido (por que eu repeti isso?), então, você precisa justamente reforçar isso: a regionalidade. Este é um produto da Paraíba que foge muitas vezes, para não dizer todas, de seus clichês. Você deve ter notado que eu fugi de praticamente todos os clichês do que é um site aqui do estado, não é?

Da publicidade, trouxe formação acadêmica. Da comunicação, a vivência de quem quer estar inserido nesse meio e bem, eu tenho esse site aqui, tenho as redes sociais, tenho um monte de coisas que eu aprendi mais na base da curiosidade do que qualquer coisa. Mas que a formação acadêmica ajuda demais, isso é fato. Quem é das antigas sabe que o meu primeiro plano era trabalhar com jornalismo. Mas quando se trabalha com comunicação, sempre é tempo para agregar experiência e conhecimento. O mercado ainda não me acolheu como deveria, mas eu sei bem o caminho que me espera. Ou o caminho que acreditam que eu deveria trilhar.

Pois bem, aqui entramos na regionalidade, o que é inerente a nós. Falei uns tempos desses como é o meu mercado, pois bem, vou falar como o mercado se movimenta em junho: como se fosse no Natal em suas devidas proporções. As festas juninas, em especial o São João, são tipo isso na Paraíba. Parece até que a capital não respira São João, parece? João Pessoa nesses últimos anos tem tido um destaque turístico considerável, e esse meio de ano é considerado baixa estação, afinal, é o período chuvoso e o Sol é tímido mesmo quando faz Sol. E quem aqui mora traz um pouco da tradição do interior do estado, dos familiares que vieram de lá.

Aliás, é o interior que mais se movimenta nas festividades juninas, e é justamente a alta estação dessas regiões. O exemplo mais notório que temos aqui no estado é a sua segunda maior cidade, Campina Grande, que promove mais de 30 dias de uma festa de São João que é conhecida para além das fronteiras deste estado, quiçá do país. Outras cidades, como Patos, Bananeiras, Santa Luzia e por aí vai também promovem festas conhecidas. No período de São João, as rodoviárias ficam mais movimentadas, as estradas, mais ainda. A atividade econômica, mais ainda. A importância desse período vai além da cultura.

De alguma maneira, em um site autoral, o componente de regionalidade iria aflorar. Desde o “Festa no Arraiá”, primeiro desenho junino da história deste site, uma arte digital feita no glorioso Paint, até as artes digitais juninas que são feitas no tablet, passando pela fase das all types e fotoartes, muito foi feito de material com esse toque regional no mês de junho. É quando realmente se embarca no clima e se sente o clima. E como essa é uma comemoração mais regional, onde se sabe que em muitos lugares do Brasil junho é apenas um mês normal, procuro levar um pouco desse clima para as pessoas que ainda não sabem o que isso significa em seu estado mais puro, ou que precisam de certa forma sentir esse clima.

O mês que vem vai ser bastante movimentado por aqui, e agora vocês entenderam mais do que nunca porquê. Pela primeira vez, todo o material das séries de arte para o São João foi feito com antecedência, com artes nos cadernos de 48 e 96 folhas. Sim, consegui encontrar um meio de inserir uma proposta junina no caderno de #48folhas, que como vocês sabem, é temático de flores. Além disso, toda a comunicação do site e das redes sociais – incluindo o próprio layout do site site – vai passar a usar a cor amarela em vez do azul nos 30 dias de junho, em uma dinâmica que eu adotei com a mudança do esquema de cores do site. Em julho, volta a cor azul.

Sei que eu estou antecipando algumas coisas, mas esse é apenas um resumo do que vocês vão saber de como vai ser o período junino aqui no site e nas redes sociais ao longo dessa semana. Além da série junina ser a primeira a ser totalmente produzida antes do São João, num trabalho que levou quase um mês para ser concluído, os desenhos juninos são parte de uma frente que concluiu os dois cadernos, no que foi necessário “arrochar o nó” por conta das mudanças do quarto e da necessidade de evitar uma mudança brusca do cenário nas séries de arte, mantendo a unidade visual até o fim, com as novas séries estreando já com a mudança. O resultado vocês conferem a partir da próxima semana. O clima, vocês estâo sentindo desde já.

O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.

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