Existe alguma memória registrada que te emocionou ao reencontrar?
Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim
Você se emociona com alguma memória de algum tempo atrás? Todos nós temos uma memória que emociona. Existem memórias que emocionam a todos nós em comum. E como eu gosto de documentar as coisas para lembrar do começo daquilo que pode ser uma grande história, não é? Mas diante de tantas histórias que você documentou, alguma memória que essas histórias te trazem te emociona? Eu posso dizer que a memória que mais me emociona vem de histórias que eu não documentei diretamente, mas que eu simplesmente vivi. E de um tempo em que as coisas eram diferentes e ao mesmo tempo mais raras do que hoje.
E essas histórias e memórias são raras de se encontrar por serem de uma época em que documentar histórias era coisa rara, ainda mais nos tempos das fotos de filmes de 36 poses, onde você não poderia errar, diferente de hoje, que eu registro várias fotos até conseguir o registro ideal. Histórias de um tempo que eu ainda não sabia o que eram lápis e papel, e quando eu descobri, já sabia muito daquilo que eu aprendi quando não tinha, ao mesmo tempo que quando eu descobri as telas já na adolescência, em uma geração em que tudo chegava devagar ao alcance de cada um de nós. Bem diferente de hoje, onde crianças praticamente nascem já com telas ao seu alcance.
São memórias que estão nos álbuns de família. São memórias que estão em lugares onde eu não faço a menor ideia de onde estão, mas eu sempre vou buscar para saber onde é que elas podem estar. São fotos que estão em álbuns que eu nem sei onde estão agora, registros de lugares que estão muito, mas muito diferentes de como estão hoje, para mostrar que a evolução chega rápido demais, para alinhar as memórias de uma cidade que precisa se encontrar com os seus lugares e estar afinado a cada um deles. E quantas são essas memórias raras, quantos são esses momentos que a gente garimpa aqui mesmo de dentro de casa…
As memórias da infância sempre me emocionam por mostrar um pouco daquilo que eu era antes de estar aqui. Ok, isso é lógico. Mas se tem uma coisa que eu contei em várias respostas das #SetePerguntas, é que toda história tem um começo. E a infância lembra vários registros desse começo, desde a época dos desenhos no chão de terra batida – a rua só foi pavimentada no início da década de 2000 – e como a própria pavimentação da rua me fez procurar novos rumos. Que foram no papel. E mais para frente, no computador. E depois, fazer tudo isso profissionalmente, até mesmo coisas que eu não imaginava que sabia fazer.
A memória que emociona é a memória daquilo que você viveu sem ter a preocupação inicial de documentar, porque você ainda não sabia o que era isso, mas os seus pais sim, por isso valorizam cada elemento da época em que era raro documentar e que cada documento, no caso uma foto analógica do tempo dos filmes de 24 ou 36 poses, era precioso. Dos escritos que você fazia e pode mostrar para as futuras gerações, das coisas que você viveu e quer mostrar, de tudo o que a gente viveu e quer revisitar. Documentar hoje, com as facilidades que nós temos, é mais do que fundamental, é essencial para entender a época em que a gente vive para a época em que a gente vai viver.
#SetePerguntas
O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.