A ansiedade como consequência do tempo

Sei que eu preciso fazer alguma coisa diante da velocidade do tempo. Sei que eu preciso mudar o cenário da ansiedade como consequência do tempo que eu perdi, e do tempo que eu gastei não sei onde. Sei que o tempo é uma coisa valiosa, e eu sei que eu preciso valorizar o tempo que eu ainda tenho. Antes justamente que eu não tenha tempo para mais nada, antes que seja tarde demais. Afinal, se eu estou refletindo sobre a ansiedade como consequência do tempo, é porque eu pude fazer uma pausa e refletir sobre as coisas que eu preciso fazer para não perder mais tempo e não sentir que a vida está passando e eu nada posso fazer para escrever uma história incrível, se é que isso ainda é possível. Mas eu acredito que será.

Sei que eu preciso reagir diante de algo que é indomável, que é invisível, que não se percebe, que não se vê, mas é o que nos orienta e é o que nos faz entender o que é a história que a gente conta e a história que a gente quer contar. E sei que eu perdi tempo demais. Poderia dizer que perdi tempo com coisas sem importância? Mas o que seriam essas coisas sem importância e porque elas não seriam tão importantes? Eu não diria sobre isso, afinal, a vida é feita dos momentos que a gente viveu e a gente não se arrepende dos momentos que a gente vive, talvez porque eles precisassem acontecer, talvez porque sejam coisas do destino, como sempre gostam de dizer, e como as coisas da vida se justificam.

O primeiro passo é refletir sobre o tempo que a gente tem. E o tempo que ainda nos resta. Será que ainda dá para construir uma história incrível? E o que você construiu até aqui, o que você quer levar de mais marcante e o que você aprendeu nesse tempo? Existe alguma coisa que você precisa fazer que você ainda não fez? São tantas perguntas que eu me esqueço de que o que eu preciso escrever aqui é uma resposta para uma pergunta, e não outras sete perguntas que eu teria a maior dificuldade de responder por não saber o que fazer em momentos assim. É uma coisa muito louca, é verdade. Mas é o tempo que cada um de nós tem para refletir sobre o que nos preocupa, o que nos aflige, o que a gente precisa para não perder tempo.

E é por isso que não dá para dizer que eu estou perdendo tempo. Porque a gente não sabe o tempo que perdeu, nem com o que perdeu, e a gente só se dá conta disso quando perde alguma coisa, como é comum das nossas vidas, o princípio de que a gente dá valor as coisas quando as perde, e quando as tem, não valoriza, não dá a mínima, e por aí vai. É um pouco daquilo sobre a ansiedade como consequência do tempo, e dos momentos que a gente precisa de certa forma guardar e valorizar para se inspirar em fazer melhor daqui para frente, porque você é capaz, você adquiriu experiência, e você precisa, de certa forma, usar dessa experiência que você acumulou.

A ansiedade é consequência do tempo. Do tempo que a gente perde, do tempo que a gente não tem, do tempo que a gente tem para fazer muitas coisas e muitas vezes não consegue encontrar tempo de sobra e de folga para fazer o que precisa ser feito. É sobre isso. É sobre como tem sido a minha rotina, os meus medos, que eu ainda tenho e que eu ainda preciso enfrentar. Mas podem acreditar: eu vou usar o tempo que eu ainda tenho ao meu favor, e eu vou construir histórias incríveis com o tempo que eu ainda tenho e que eu preciso conquistar. Porque eu já refleti demais. E tudo o que eu mais quero, é tão somente, aproveitar o tempo de maneira intensa, escrevendo a história que eu quero deixar aqui. Se eu pensar por esse lado, tudo isso começou a fazer efeito. E eu preciso me manter em pé.