Uma transição planejada

Os planos do quarto não são de agora: são de um ano, a partir do momento em que a minha irmã não só anunciou que iria se mudar com o noivo como já tinham adquirido o apartamento. A partir daí, a dinâmica da casa mudaria. Eu teria um quarto só para mim. Era tudo o que eu precisava naquele momento, visto que a dinâmica de dividir o quarto com o irmão precisava mudar. Eu tinha as minhas necessidades. Ele, as dele. E em alguns momentos, elas entram em conflito. Ter um espaço físico era uma necessidade de anos, e agora que a oportunidade apareceu, me restava agarrar. O espaço que eu tenho enfim seria valorizado.

A mudança foi concretizada no dia 7 de junho. A partir daqui, o quarto onde eu sempre dormi passou a ser efetivamente meu. Tudo o que está aqui representa um elemento da minha identidade. Primeiro, organizei a dinâmica. O beliche virou uma cama única, improviso que vale até a compra de uma nova cama, isso vai acontecer no mês que vem. As paredes foram pintadas de azul. Tenho um guarda-roupa próprio. Consegui mais uma mesa ao nível da cama, além da que eu já tenho. Em menos de um mês e meio, adaptei ao máximo o ambiente que eu tenho. Sabia que seria no meio do ano. É aqui que entra a meta que eu estabeleci para o Luneta Sonora.

A meta era que o episódio passasse a ser produzido em vídeo a partir do episódio 200. Eu entendia que até lá, eu já teria o quarto. Até acreditei que isso não iria acontecer, por conta da demora, e justifiquei aos ouvintes do podcast – que a essa altura não sabiam que a meta seria por causa do quarto – que a meta do episódio 200 seria uma promessa, e que eu poderia cumprir ou não. Se eu não cumprisse, me caberia justificar, afinal, a gente promete, não cumpre e fica a dúvida no ar: por que não? O que aconteceu? Por que a promessa não foi cumprida? Na minha mente, eu já tinha a justificativa pronta para o caso do episódio 200 não ser em vídeo.

Pois bem, a meta foi atingida na semana do episódio 194. Os episódios estavam prontos até o 195, visto que eu tinha produzido uma frente de conteúdo justamente me preparando para a mudança do quarto, para evitar que eu tivesse que produzir um conteúdo em cima do laço em meio a mudança, afora a própria produção de conteúdo envolver o cenário do quarto, que até então estava com as paredes em verde-piscina. Isso seria facilmente percebido nas séries de cadernos e folhas, não para menos os cadernos de 48 e 96 folhas terem sido concluídos em maio, totalmente gravados para seguirem seu curso original, e ficarem no aguardo dos próximos cadernos. Só ver que o terceiro post da sexta-feira está neste momento contando com artes avulsas.

A mudança das para a cor azul se deve ao fato de já ter outro cômodo na casa com a mesma cor (o quarto da minha mãe) e pelo fato de me identificar com a cor azul, tanto que essa é a cor dos meus projetos, que mesmo mudando com as paletas sazonais, é a cor que fica na mente. Os episódios em áudio foram gravados até o 199, justamente por conta da própria promessa de que o episódio 200 seria em vídeo. Tudo o que eu planejei até aqui deu certo. E essa promessa será cumprida. E vocês vão conferir o tão esperado episódio 200 do Luneta Sonora em novo formato nesta sexta-feira. O dia histórico da nova fase do Luneta Sonora está chegando, e esse dia é o dia 25 de julho.

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