Sua mensagem em meio as tendências

Manter-se fiel à própria mensagem é um desafio constante, principalmente porque você não segue tendências, você as cria. E se manter atualizado faz parte. Mas você não quer seguir a manada, não quer seguir uma trend apenas por seguir. Você quer fazer apenas o seu trabalho e pronto. Na era digital, com múltiplos emissores e uma circulação intensa de informações e opiniões, se manter fiel implica controlar a narrativa própria diante das fake news, pós-verdade e intolerância vigentes. E trabalhando com isso, eu te digo uma coisa: não é mole manter um ecossistema criativo no meio de tanto conteúdo que parece repetitivo, quando o próprio meio te dá a oportunidade de ser criativo.

A comunicação, quando ela é autêntica, resiste à superficialidade e à conveniência das mensagens que, quando disparadas em massa, não tem uma alma nem uma identidade. Dar um passo além da fidelidade como mero cumprimento de expectativas externas é importante para que as pessoas entendam de cara como você quer construir a sua mensagem, a sua identidade e o seu conteúdo. E como você faz isso? Simples, se bem que nem parece, mas quando você se der conta você vai entender: investindo na construção diária da mensagem com propósito, amor e respeito, mesmo que isso possa gerar conflitos ou desconfortos.

Uma das coisas que você precisa entender é justamente isso: porque a gente comunica? O que a gente comunica? Que mensagem a gente quer passar? O que torna a mensagem que a gente transmite diferente das outras mensagens? Uma carta só faz sentido porque você é a única pessoa a receber essa carta. A mesma coisa também vale para o próprio ato de comunicar: para quê e para quem a gente quer transmitir a nossa mensagem, e com que intenção a gente faz isso. A transparência sobre o motivo real da comunicação — seja construir imagem, vender ou conectar-se — é crucial para evitar que o público perceba manipulação ou segundas intenções, o que destrói a confiança.

Uma comunicação autêntica permite equilibrar entre a inovação e a fidelidade, trabalhando da melhor maneira possível com os recursos que a gente tem disponíveis, e dos quais eu jamais abrirei mão, entendendo o quanto foram e tem sido fundamentais para a minha produtividade e minha linha narrativa. Incorporar novidades e recursos tecnológicos, como inteligência artificial e formatos visuais, como eu venho fazendo na minha linha editorial e de construção narrativa, é essencial para a construção de uma comunicação autêntica, utilizando esses recursos de modo que reforcem, e não comprometam, a essência da mensagem original.

A comunicação é sobre isso. É sobre se manter fiel ao que você criou, porque é a autenticidade que te define, é a autenticidade que faz com que a sua mensagem se destaque e seja única. Você quer criar tendências ou seguir a moda? É isso que vai definir o comunicador que você é, o modelo profissional que você segue. É a fidelidade. É o quanto você respeita a pessoa que tá do outro lado da tela. É o quanto a sua mensagem faz a diferença para as pessoas. A fidelidade fortalece relações e conexões porque pessoas e marcas autênticas geram confiança, o que é fundamental para uma comunicação duradoura e eficaz.

Entender como a sua mensagem pode ser essencial para criar e até mesmo absorver as tendências como uma parte mais fundamental e menos forçada da mensagem que você quer transmitir nos faz entender como lidar com aquilo que as pessoas querem ver e o que as pessoas estão falando naquele momento. Uma comunicação autêntica é sobre isso, entender todas as dimensões de como manter sua mensagem fiel em meio a um mundo que cobra que a gente esteja inserido nele o tempo todo. Essas dimensões representam os maiores desafios para manter a fidelidade da própria mensagem num contexto que cobra tendências incessantemente, exigindo um exercício constante de autenticidade, reflexão e resistência consciente.

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