Nunca é tarde para organizar a identidade

O assunto dessa semana é sobre identidade. Manuais de marca. Ao longo dessa semana, o que você vai ver nas artes de topo são campanhas antigas do site de anos e anos atrás, para mostrar que a identidade que eu tenho hoje foi construída ao longo dos anos e com muito custo. É na mesma lógica do trabalho real da campanha que eu lancei há duas semanas, para mostrar que eu não estou aqui a passeio e eu vim trazer uma proposta diferenciada que alia arte, cidade e comunicação, e a certeza de que podemos mudar o mundo pelas nossas atitudes e por tudo o que construímos e queremos deixar de legado para o lugar onde a gente vive.

Se tem uma coisa que eu aprendi na faculdade, mas demorei a implementar de fato na minha marca, foi o manual de marca, manual de identidade, brandbook, brand guidelines, ou chame pelo nome que você quiser o arquivo que reúne todas as aplicações de uma marca, ou seja, o manual de instruções de como usar a identidade que você desenvolveu para justamente isso: identificar o seu projeto. E eu aprendi isso nas aulas de design gráfico, onde por mais que eu criasse identidades e outras coisas relacionadas a arte, não era necessariamente a cadeira que mais me identificava na Publicidade e Propaganda.

Mas a gente aprende e leva um monte de coisas que tem a ver com os seus conceitos, principalmente para aquilo que você leva das artes visuais. Afinal, eu entrei na faculdade já tendo as vivências das artes visuais em cursos de desenho e pintura que eu fiz no Centro da cidade entre 2003 e 2006. E eu sou meio assim: se eu crio uma coisa, eu tenho ela na cabeça e nela está o meu manual de instruções. E termino nem organizando direito os conceitos de marca que eu desenvolvi ao longo do tempo. Confesso que nessa parte, sim, eu estive sendo displicente, e hoje eu quis mudar totalmente o conceito de organização da minha identidade.

E é por isso que só agora, nessa semana, vocês irão conhecer o Manual de Identidade Visual da marca da luneta de um planeta. Uma luneta que eu desenhei em 2017, para representar justamente o desejo de observar, o desejo de entender o planeta, baseado naquilo que você observa e muitas vezes está distante daquilo que quer documentar. Eu já falei sobre o conceito da luneta em outras ocasiões. Agora eu entendo que as coisas estão mais claras e as pessoas entendem o significado do que eu quero dizer com a luneta de um planeta. Para só após nove anos, eu poder colocar o conceito em prática em um manual de identidade.

Tem coisas que a gente não consegue muitas vezes entender por que não consegue fazer, e outras, bem, é tempo mesmo. Mas nesse caso, eu não quis dizer que a causa para só agora eu poder organizar o material da minha marca em um manual de identidade seja realmente a falta de tempo, porque de vez em quando, eu sempre arrumava um tempo para organizar os conceitos do Manual de Identidade Visual e quando dei fé, ele estava pronto para ser lançado, mas eu queria esperar o momento certo para isso. Eu esperei esse momento certo, e só agora, com a nova dinâmica do quarto e tendo um espaço físico somente meu, eu poderia lançar.

Eu organizei o Manual de Identidade Visual nesse período de organização e da frente de material que eu fiz para o site, ao longo dos meses, e só agora o conceito básico ficou pronto e é o que eu quero apresentar para vocês. Mas saibam que esse manual vai ser lançado, mas vai ser bem modificado ao longo do tempo. Um Manual de Identidade Visual que parte de um conceito básico, e a partir dele, passará por várias modificações conforme necessário, no sentido de traduzir a dinamicidade da marca, das mudanças constantes que sempre acontecem e é preciso estar pronto e atento a elas. É um material dinâmico e atualizado que eu quero trazer para vocês, e tenho certeza de que vocês irão gostar.

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