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Em tempos de coronavírus, informação faz bem

Entendendo o interesse pelo coronavírus em números e gráficos no Brasil, e como a velocidade das buscas cresceu junto com o próprio agente infeccioso.
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Vocês já devem ter percebido que no planeta Terra não se fala de outra coisa: Um coronavírus chamado cientificamente SARS-CoV-2, que provoca uma doença chamada COVID-19. A pandemiajá se pode considerar assim desde ontem – começou na China, na cidade de Wuhan, e desde então se espalhou pelo mundo numa velocidade incrível. Até eu terminar esse texto, às 22:30 do dia 12 de março, já foram registrados 79 casos no Brasil – por enquanto nenhum no estado onde moro, a Paraíba.

Na sociedade da informação, a notícia se espalhou tão rápido quanto o próprio agente infeccioso. E como a informação é algo fácil de se conseguir e tem gente que não perde a oportunidade de inventar em cima de algo tão sério, o importante é procurar informação de qualidade para se prevenir.

Mas, porque raios se fala tanto nesse danado?

Tem gente que questiona: “pra quê tanto pra algo que não causa uma doença tão grave assim?” Ah é? Você vai entender porque.

Lida-se com um agente novo, que apesar de provocar uma doença quase que semelhante a uma dessas gripes, tem complicações sérias em grupos de risco, como idosos. Lida-se com sistemas de saúde que já tem que, não basta lidar com as doenças que já tem, precisam conviver com mais essa doença. O que as autoridades de saúde querem é se preparar para atender tanta gente ao mesmo tempo. E não é mole.

Para isso, informação faz bem, e daí vem aquelas medidas de prevenção, como lavar as mãos, evitar aglomerações. Aí que chegamos: já viu a quantidade de eventos cancelados? Da necessidade de se higienizar? E por causa da necessidade de evitar deslocamentos ter que fazer o que eu faço há tempos – trabalhar em casa? E do quanto os cancelamentos e necessidades de se evitar aglomeração comprometem de forma séria a economia?

Reforçando a necessidade da procura por informação de qualidade – estou falando de procura de informação séria e não qualquer coisa que se compartilhe no Whats – é importante entender os gráficos do Google Trends sobre o coronavírus. Aqui está um gráfico sobre o interesse de busca nos últimos 7 dias. E nem precisa dizer que o país mais interessado é a…

…Acertou quem disse Itália. Lá o negócio é tão sério, mas tão sério a ponto de se praticamente – e não é exagero – fechar o país todo por causa do avanço do COVID-19 no país. A Itália lidera – e não é para menos – o índice de buscas seguido da Espanha, da Irlanda, de Portugal e da França.

O interesse mundial, lógico, disparou. E disparou assim que março começou.

No Brasil, o interesse de busca cresceu a partir do dia 26 de fevereiro de 2020.

Um dia antes, 25 de fevereiro, foi confirmado o primeiro caso do COVID-19 no Brasil, e daí o gráfico até pode ter descido, mas não aos níveis de antes. Até caiu, mas hoje só sobe.

A unidade federativa que mais pesquisa sobre o COVID-19 é o Distrito Federal, seguido de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina.

Os termos que as pessoas mais procuram sobre coronavírus no Brasil

Números e termos podem mudar a depender de quando você estiver lendo este texto.

Não só sobre o que é, quem é preciso na busca quer entender o que é.

E como se…

Como se prevenir? Como se proteger? E como posso saber se estou? Como… As pessoas procuram saber mais?

E o que fazer?

Além de saber como se proteger do coronavírus, as pessoas também querem saber o que fazer. E é isso que elas mais se questionaram nos últimos sete dias.

Em busca da prevenção

Esses termos se relacionam ao interesse pelas principais medidas de prevenção, como uso de gel desinfetante, álcool gel, máscara e lavar as mãos. Lembrando que estes termos podem mudar ao longo do tempo; quando escrevi este post, era gel desinfetante; agora já é álcool gel (atualização de 15 de março às 19:05).

Os problemas que importamos X os problemas que já enfrentamos

O Google Trends fez uma comparação sobre o interesse de buscas do coronavírus contra o da dengue, uma doença já antiga, um problema já antigo, e o resultado colhido até aqui foi este. No dia que este post foi ao ar (12 de março) Paraná e Mato Grosso do Sul pesquisavam mais sobre sintomas da dengue. Agora todos os estados já pesquisam mais sobre o coronavírus (atualização de 17 de março às 22:28).

Faça o que você sempre fez: cuide-se

Não é algo para entrar em pânico, mas o que não se quer é ficar doente. Alergias, gripes, resfriados, muitas vezes você nem sabe o que é, e nem se está transmitindo para outras pessoas. Por isso ajuda médica é essencial, cuidado também. Eu sei bem o que é doença respiratória pelas alergias que já tive. Não é algo para se subestimar.

É por isso mesmo que informação é essencial e não se pode ignorá-la nem subestimá-la. Se algo é sério, é sério. Às vezes não acreditamos só porque não é ainda algo próximo de nós. Mas se você se cuida, isso fica longe. Não espere pegar para acreditar.


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