Divulgação no Threads

O Threads é uma rede social ligada ao Instagram, em termos de ecossistema, usuários e funcionalidades. Foi uma das alternativas mais viáveis ao X por conta de tudo isso. Mas o algoritmo tem funcionado de uma forma bem diferente. Ele não prioriza tanto assim as notícias, por exemplo, foca nos pontos de interesse dos usuários. Muita gente até diz que não quer encontrar os parentes lá, por se sentirem mais à vontade em uma rede social onde podem se expressar sem medo de serem julgados ou cancelados. Afinal, as redes da Meta são bem mais amplas do que qualquer outra rede social, e lá você pode encontrar pai, mãe, irmão, cachorro, papagaio, todo mundo que você conhece.

Mas vamos lá, meu foco são as artes e pensamentos. Os dois até que andam consideravelmente bem, mas a entrega não é lá essas coisas todas. Não que eu esperasse algo diferente de uma rede do Instagram, que já não entrega bem e eu noto isso há tempos. Como profissional de Comunicação Social, eu tento destrinchar os algoritmos das redes sociais para entender o que é que eles querem de mim, e o que eles entregam para mim. E sabe como é, eu trabalho praticamente online, sem ter um apoio offline, e eu entendo que eu não posso estar indo além por não ter um apoio de mídia offline. Você vai me entender quando saber que quem tem um número considerável de seguidores, tem de certa forma pela exposição em outras mídias fora do online.

Mas aí você diz: ah, e os influenciadores digitais? Eles trabalham sua imagem 100% online e muita gente do offline costuma rejeitar, tanto que muita gente diz que eles não têm perfil para televisão porque os jovens hoje em dia estão mais conectados na Internet do que ligados na televisão, por exemplo. Tem aqueles que trabalham a fundo a questão dos algoritmos e desafiam o que eu disse, já que são hiperfocados naquilo tanto quanto profissionais de comunicação. E eu não tenho um foco exclusivo na minha imagem, que já não aparece tanto e minha foto não reflete os cabelos que eu tenho hoje. Mas eu não queria só focar em mim, como pessoa. E isso vale para todas as artes.

No Threads eu trabalho com as artes do Instagram, sabendo que a rede social em questão é umbilicalmente ligada ao Instagram, e eu posso atrair os seguidores do Threads para o Instagram, e vice-versa. Os stories que eu compartilho no Instagram são oriundos do Threads, tanto que eu estou lá desde o primeiro dia de funcionamento da rede social (fui o usuário de número 49457 a criar uma conta lá) e desde então eu posto os links dos posts do site com os títulos, visando criar os stories. Desse modo, eu me firmei lá, consegui um número considerável de seguidores, e aproveitei essa fluência já existente quando o X foi suspenso.

Nesta semana eu apliquei uma mudança que vale para todas as redes sociais e tem como foco o compartilhamento do que eu posto no Instagram no Threads. Resolvi parar de postar hashtags abaixo dos textos, para permitir que o leitor entenda melhor os textos das legendas. Queria muito fazer isso por achar que com as hashtags, os textos ficavam poluídos demais e tiravam o foco daquilo que eu queria compartilhar. As únicas hashtags que eu me permiti postar são aquelas que são os nomes das séries, como o #48folhas, #96folhas, #FolhaColorida, #ContentTalks e até aquelas que não são hashtags, mas que eu também uso como tal, como #MinhaCidade.

No Threads eu tenho mais seguidores – 334 até o fechamento deste post – mas minhas publicações não são tão curtidas, quase nenhuma é, e mal são vistas. E isso não é uma exclusividade minha: o que eu mais vejo no meu “Para você” são posts de usuários na mesma situação que a minha, mas que ainda assim, eu consigo ver, sem ver tanto se heavy users do Instagram estão usando o Threads na mesma proporção, só sei que para mim, não aparecem. Em termos de público e do trânsito entre o Threads e o Instagram, a rede social vale a pena pela abordagem e pela capacidade de atrair os usuários para a minha rede social principal e vice-versa. E certamente, tem espaço para crescer. E eu vou seguir investindo nela nessa certeza.